Mãe encontra no HDT apoio para filhos com HIV

Unidade da SES-GO oferece assistência de qualidade, com atendimento humanizado, oferecido por equipe multiprofissional aos dois jovens

Manuela (nome fictício, para manter sua privacidade) chegou ao Hospital Estadual de Doenças Tropicais dr. Anuar Auad (HDT), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no dia 14 de julho, com o filho de 25 anos, diagnosticado com HIV. Essa não seria a primeira experiência da mãe com a doença. Em 11 de setembro de 2017, Manuela deu entrada com outro filho, mais velho, também portador do vírus da aids. Ele havia descoberto a doença um pouco tarde, e já apresentava quadro gravíssimo. Na época, foi internado e intubado na unidade, mas não resistiu ao tratamento.

Vivendo a experiência pela segunda vez, Manuela explica que, quando descobriu que seu segundo filho era HIV positivo, não teve dúvidas de trazê-lo para o HDT. “Sei que aqui sou bem acolhida, não é fácil entrar no mesmo lugar, mas me preparei psicologicamente e estou completamente tranquila”. A mãe ainda destaca que sempre se sentiu bem assistida por toda equipe da unidade e entende que o hospital é o melhor lugar para o tratamento.

A coordenadora do Serviço Social da unidade, Francisca Aureliano, destaca que o HDT oferece um atendimento humanizado, com uma equipe multiprofissional. “O acolhimento tanto do paciente quanto do acompanhante é feito por diversas equipes do hospital, oferecendo assim, suporte e acompanhamento completo”. O setor de psicologia esclarece que, em casos quando o paciente possui um quadro de alta complexidade como esse, é feito um atendimento diário, em que a equipe faz o acolhimento, usando estratégias de reforço de enfrentamento.

Apoio emocional

A terapia ocupacional também intervém nesse tipo de caso e oferece apoio emocional ao paciente. Os profissionais da área, juntamente com o setor de psicologia, procuram realizar ações favorecendo a interação, troca de experiência e descontração, com foco no autoconhecimento e estimulando o relacionamento entre os internados e seus familiares, tirando o foco do hospital e da doença.

Atualmente, o HDT atende mais de 10 mil pacientes vivendo com HIV/aids que buscam medicamento mensalmente na farmácia ambulatorial. No ano de 2018, foram registrados 1.154 internações de pacientes e cerca de 430 neste primeiro semestre de 2019. A diretora técnica Letícia Aires destaca que, desde o início da epidemia da Aids, o HDT tem se colocado como hospital de referência no Estado para tratamento de pessoas portadoras do vírus.

“Desde o início da epidemia, o hospital tem um corpo de profissionais envolvido nesse tipo de atendimento que executa um trabalho em conjunto, realizado por médicos infectologistas à frente do serviço. Feito desde o acompanhamento tanto nas enfermarias quanto nos ambulatórios e com vários outros profissionais também envolvidos nos cuidados, como médicos de diversas especialidades e equipe multiprofissional”, explica.

Ceap-SOL

A diretora ressalta que o hospital tem como objetivo promover a saúde da população que vive com HIV/aids, colocando o paciente como centro da assistência. “É importante destacar que a unidade oferece todo um suporte realizado pelas equipes multiprofissionais, e que o paciente é acompanhado e assistido durante todo o tratamento feito no hospital e logo depois é encaminhado para o Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (Ceap-SOL), quando necessário.” O HDT ainda se destaca como hospital-escola e trabalha na formação de profissionais para o atendimento da população vivendo com HIV/aids, oferecendo residência médica e multiprofissional.

Patrícia Borges, do IGH

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