Em evento do Governo de Goiás, transmitido ao vivo, especialistas abordam questões como o uso de EPIs na rede pública e particular

 
O uso de máscara, a higiene das mãos, a adoção da “etiqueta do espirro” e o distanciamento social são medidas simples de serem adotadas, mas fundamentais para evitar a transmissão da Covid-19, alertaram especialistas, nesta terça-feira, 16, durante live do primeiro encontro do Fórum da Saúde e as Ferramentas para Enfrentamento da Covid-19. Primeiro evento de dez programados, evento realizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), teve como tema Biossegurança: Paramentação e Desparamentação.
 
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, informou que dados sobre o coronavírus em Goiás podem ser consultados, como o número de casos notificados, quantidade de casos confirmados por semana epidemiológica, casos confirmados com comorbidades, quantidade de casos por faixa etária e distribuição de casos por sexo, entre outras informações. Tais informações estão disponíveis no site da SES-GO, no endereço: https://extranet.https://goias.gov.br/saude/pentaho/api/repos/:coronavirus:paineis:painel.wcdf/generatedContent
 
Flúvia destacou que as medidas não farmacológicas, ou seja, aquelas que visam reduzir a possibilidade de transmissão do vírus sem o uso de medicamentos específicos, são simples de serem adotadas e fundamentais.  “Enquanto não tivermos vacina disponível, as únicas medidas que temos com eficácia comprovada é o distanciamento social, é o uso de máscara, é a higienização das mãos, e é o uso de todas essas ferramentas que vai nos possibilitar termos o melhor controle”, disse.
 
Caso essas medidas não sejam utilizadas de forma homogênea por toda a população, alertou Flúvia, Goiás pode chegar ao momento em que haja oferta de leitos menor que a demanda. “Hoje contamos com cerca de 77% de taxa de ocupação de leitos de UTI de hospitais estaduais; e, no município, chegando aos 100%. E sabemos que, até o final de julho, estaremos vivendo os momentos mais críticos da Covid-19 no Estado de Goiás”, afirmou.
 
Uso de EPIs
A representante da Coordenação Municipal de Controle de Infecção em Serviços de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Zilah Cândida, falou sobre “O uso de EPI, paramentação e desparamentação”. “Temos diversas normatizações, tanto internacionais, quanto nacionais, várias novidades de estudos são descobertas, pois estamos em um momento novo. Então, precisamos sempre nos atualizar quanto a essas novidades e trazer para o nosso dia a dia”, afirmou.

O médico epidemiologista do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (UFG), João Bosco Siqueira, apresentou um panorama da epidemiologia da Covid-19 e inquéritos epidemiológicos em Goiás. 

“O que queremos com o distanciamento social, com o isolamento social, que propomos desde o início, é reduzir a quantidade de pessoas que chegam às unidades de saúde para o número menor do que a capacidade do sistema. Para que não tenhamos que fazer exatamente o que foi o pior que já vimos até agora, que aconteceu em Nova Iorque, que aconteceu de forma muito marcante na Itália, que a gente, enquanto profissional de saúde, ter uma decisão terrível, que é quem a gente vai salvar e quem a gente não vai salvar”, alertou o professor.  
 

Patrícia Almeida/Comunicação Setorial
Fotos: Iron Braz