Lavrador inicia tratamento em GO e recebe coração após 10 dias na fila do SUS, em SP

Em situação de emergência semelhante à do apresentador Fausto Silva, paciente que veio de Jaborandi (BA) para Aparecida de Goiânia passa pelo transplante no Hospital Albert Einstein, onde segue em recuperação

Ronivaldo, ao lada de Selma, se recupera da cirurgia de transplante, no Hospital Albert Einstein

A celeridade na realização do transplante cardíaco do apresentador Fausto Silva não é exceção no Brasil. Dados do Sistema Nacional de Transplantes revelam que, só neste ano, 72 pacientes de diversos Estados receberam um coração em menos de 30 dias depois de terem entrado na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS). São pessoas que, como Fausto Silva, apresentavam estado de saúde extremamente grave, estavam internadas em hospitais, sem condição de voltar para casa, e tinham compatibilidade com o doador do órgão, entre os quais o mesmo tipo sanguíneo e semelhança no peso e na altura. 

Um desses pacientes, o lavrador Ronivaldo Machado de Souza, de 44 anos, foi transferido do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (HMAP) para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde fez o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ronivaldo veio de Jaborandi (BA) para Goiânia, na tentativa de descobrir o que o afligia e tratar da saúde.

Internado no HMAP e, de lá, transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para avaliação de possível transplante cardíaco, após diagnóstico de miocardia chagástica.  Sempre na companhia da mulher, a dona de casa Selma Cardoso Rodrigues.

A vaga para o Albert Einstein, foi cedida em 25 de março, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), em força tarefa organizada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).

O lavrador foi inserido na fila do Sistema Nacional de Transplantes no dia 5 de abril. O transplante foi realizado dez dias depois, em 15 de abril. Ronivaldo permanece em recuperação no Albert Einstein. Selma destaca que o marido apresentou um princípio de rejeição ao órgão e chegou a ficar intubado. Depois, foi melhorando aos poucos. 

“Tenho muito o que agradecer a Deus e ao SUS. Somos muito bem-atendidos nesse hospital, sem qualquer distinção. Estamos aqui há quase cinco meses e nunca pagamos por nenhum remédio sequer”, pontua a dona de casa. Tudo indica que o lavrador receba alta médica em breve. O secretário estadual da Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, acentua que a situação vivenciada pelo lavrador sintetiza o que é o SUS, um sistema com uma qualidade assistencial exemplar. “Esse é o verdadeiro papel do Estado, usar sua estrutura pra salvar vidas.” 

Cruzamento de dados
Atualmente, 380 pessoas estão na fila de espera do Sistema Nacional de Transplantes à espera da realização de transplante cardíaco. A gerente de Transplantes da SES-GO, Katiuscia Freitas, informa que, nessa fila, há pessoas que, a exemplo de Fausto Silva e Ronivaldo, são caracterizadas como prioridade, por preencherem critérios técnicos que atestam a gravidade do caso.

A gerente explica que o Sistema Nacional de Transplantes seleciona as pessoas candidatas a receberem o órgão ao realizar o cruzamento dos dados de tipo sanguíneo, peso e altura. 

Maria José Silva, da Comunicação Setorial

Foto: Hospital Albert Einstein

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