Laboratório de análises clinicas do Hetrin realiza treinamento hematológico

Ação realizada na unidade estadual de Trindade é focada no manuseio das células sanguíneas como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas

O Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin) realizou treinamento com a equipe do laboratório de análises clinicas Hematologia – desvio à esquerda. A ação teve como objetivo a revisão de literatura e lâminas para atualização das análises microscópicas de desvios – presença de células sanguíneas imaturas presentes numa amostra de sangue periférico

O treinamento foi ministrado pela coordenadora do laboratório, a biomédica especialista em hematologia e banco de sangue, Jennifer Fernandes. A capacitação constante na supervisão dos testes hematológicos aprimoram a eficácia dos resultados, o que permite ao médico elaborar o diagnóstico e tratamento adequado para o paciente.

Desvio à esquerda
No Brasil, culturalmente, usamos o termo desvio à esquerda especificamente para a linhagem dos neutrófilos. A causa mais comum do aparecimento do desvio à esquerda associado à neutrofilia são os casos de infecções, principalmente as bacterianas. Porém, faltam correlações entre a presença do desvio à esquerda e a gravidade da infecção.

Nessas infecções, os neutrófilos dos pools marginal e circulante migram para o sítio da infecção. Uma diminuição dos neutrófilos no sangue periférico estimula a medula óssea a liberar neutrófilos imaturos, após os maduros que estavam armazenados serem depletados. A diminuição dos neutrófilos imaturos e maduros armazenados no pool da medula óssea pode também estimular a produção mais neutrófilos.

Um desvio à esquerda mais avançado indica um consumo maior de neutrófilos no sítio da infecção e, consequentemente, maior produção de novos neutrófilos. Além de causas reacionais, o desvio à esquerda pode ser encontrado em muitas doenças hematológicas, como leucemias mieloides, policitemia vera, trombocitemia essencial, mielofibrose primária etc.

Hematologia
O sangue é um tipo de tecido, mas, diferentemente da maioria dos tecidos, é líquido, e transporta células, nutrientes, oxigênio, neurotransmissores, hormônios e anticorpos até as mais remotas áreas do corpo humano, além de levar substâncias tóxicas para serem eliminadas.

A hematologia, no laboratório de análises clínicas, inclui hemograma completo, que avalias os três tipos de células do sangue: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas, como, reticulócitos, que são células vermelhas imaturas, importante na avaliação de casos de anemia. Hemostasia que é a parte da hematologia que avalia a coagulação, incluindo as alterações das plaquetas e dos fatores de coagulação.

Velocidade de hemossedimentação (VHS), muito utilizado para avaliar se algum processo inflamatório/infeccioso está presente. Eletroforese de hemoglobina, importante na investigação de anemias. Testes de tipagem sanguínea pelo sistema ABO, Rh, além de outros.

Camila Braunas (texto e foto)/Imed

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