Jornal Vascular Brasileiro publica artigo produzido por profissionais do HGG

Estudo sobre doença arterial obstrutiva periférica faz comparativo entre revascularizações abertas e endovasculares realizadas em caráter de urgência no sistema público de saúde do Brasil

Artigo produzido por pesquisadores do HGG está disponível no site do Jornal Vascular Brasileiro 

O Jornal Vascular Brasileiro (JVB) divulgou o artigo científico Doença arterial obstrutiva periférica: um estudo comparativo entre revascularizações abertas e endovasculares realizadas em caráter de urgência no sistema público de saúde do Brasil entre 2010 e 2020, produzido por profissional do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG).

O estudo foi conduzido pelos médicos Thaís Rodrigues Magalhães, Rômulo Mendes Silva, Paulo Ricardo Alves Moreira, Rosa Tanmirys de Sousa Lima e orientada pelos preceptores Roberto Gomide, Daniel César Magalhães Fernandes, Hideki Nakano e André Vespasiano Afiune.

Daniel César, preceptor do serviço de cirurgia vascular do HGG, explica que a Doença Arterial Obstrutiva Periférica (Daop) é o bloqueio do fluxo arterial de sangue que, muitas vezes, acomete os  membros inferiores, e que exige a revascularização para reverter esse quadro.

“Nós temos duas maneiras de fazer isso, de forma aberta [com cortes], que é quando fazemos pontes e pode ser usada a veia safena ou próteses. Já os tratamentos endovasculares são feitos pelos cateteres, por punção, igual se faz uma angioplastia no coração, que também realizamos nos membros.”

O cirurgião vascular destaca que a Daop apresenta alta prevalência nas populações de média e baixa renda, sendo associada ao elevado risco de eventos cardiovasculares. “Geralmente, são pessoas que têm estilos de vidas mais sedentários, com uma alimentação de pior qualidade, e que muitas vezes apresentam doenças como pressão alta, diabetes, colesterol, que são os principais fatores de risco para doenças arteriais periféricas, além do sedentarismo, da obesidade e do tabagismo”, esclarece Daniel. 

Internações
A pesquisa apontou que no Brasil, durante o período analisado, foram registradas 83.218 internações para realização de cirurgias abertas e endovascular, com um custo total de R$ 333.989.523,17. “Houve uma predominância das internações para os procedimentos percutâneos (56.132), em relação aos cirúrgicos convencionais (27.086), e observou-se também uma tendência decrescente para os procedimentos abertos e uma tendência crescente para os endovasculares”, analisa Daniel.

A pesquisa apontou que a média de permanência hospitalar foi menor nos procedimentos endovasculares (5,3 dias), em relação aos abertos (10,2 dias). Além disso, notou-se uma maior taxa de mortalidade hospitalar relacionada à revascularização aberta em relação à endovascular (5,24% versus 1,56%). 

O estudo mostrou ainda que, entre 2010 e 2020, houve uma predominância de revascularizações endovasculares no sistema público de saúde e em caráter de urgência em todas as regiões do Brasil.  “No transcorrer do tempo analisado, observou-se uma tendência decrescente para os procedimentos abertos e uma tendência crescente para as intervenções endovasculares", apontou o cirurgião. 

"Além disso, as internações para revascularizações endovasculares apresentaram menor tempo de internação hospitalar e menor taxa de mortalidade hospitalar quando comparadas às internações para revascularizações abertas”, concluiu o pesquisador.

Acesse o estudo completo em https://www.jvascbras.org/article/doi/10.1590/1677-5449.202200161

Thalita Rodrigues (texto e foto)/Idtech

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