Hugol migra prontuário eletrônico do paciente para a nuvem

Unidade do Governo de Goiás vira referência no projeto da SES de implantar a concepção de padronização dos processos baseda na tecnologia

Sistema pioneiro garante alta disponibilidade da informação sobre o paciente

O Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), unidade do Governo de Goiás, teve sua base do sistema de prontuário eletrônico migrado para a nuvem. O hospital passa a ser referência para as demais unidades, sendo o marco zero no projeto da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) de implantar na saúde pública do Estado a concepção de padronização dos processos tendo a tecnologia como propulsora da transformação. 

Essa padronização ocorrerá por meio de um prontuário do paciente eletrônico e unificado, permitindo aos profissionais de saúde que atendem nas unidades estaduais de saúde acesso à história do paciente, inseridas em banco de dados e software únicos.

Segundo o diretor Administrativo e Financeiro do Hugol, Luiz Sampaio, essa evolução do prontuário para a nuvem está inserida no âmbito da interoperabilidade em saúde, uma vez que permitirá interagir equipamentos com informações do paciente com o prontuário eletrônico do paciente em nuvem, garantindo alta disponibilidade da informação. 

A transição para a nuvem, ainda de acordo com Sampaio, traz outros benefícios, como a melhoria do rendimento e a agilidade no diagnóstico, contribuindo ainda mais com a segurança das informações e com a racionalização de custos assistenciais.

Gestão estratégica
O Hugol já nasceu informatizado, e o foco sempre foi agregar valor ao usuário do SUS e aos profissionais que nele atuam, mantendo a segurança da assistência e o foco na gestão estratégica. Com o uso do prontuário eletrônico e a integração sistêmica, o paciente é acompanhado pelos profissionais, que dispõem das informações necessárias para a continuidade do cuidado.

“A base Hugol sendo definida como marco zero para um projeto tão desafiador, traduz-se no reconhecimento de uma estratégia efetiva de disseminação da cultura disruptiva, processos enxutos, sustentabilidade econômica e ambiental, assumindo como força motriz a responsabilidade de garantir a operação de todas as atividades que permeiam o hospital”, avalia, por sua vez, o gerente de Operações do Hugol, Adriano Barbosa.

Na conclusão do gerente, os recursos tecnológicos devem ser direcionados para garantir intersecção entre infraestrutura tecnológica e pessoas (profissionais), para ampliar ainda mais resultados que garantam segurança aos usuários do SUS, cumprimento das legislações e alto desempenho produtivo.

O supervisor de Tecnologia da Informação do Hugol, Allan Braga, conta que, durante a transição, o hospital ficou com o sistema de prontuário eletrônico inoperante para executar essa inovação, que contribuirá para redução de custos com infraestrutura de TI, escalabilidade no uso dos serviços e mais rapidez nas mudanças tecnológicas. Nesse período, foi ativado um plano de continuidade, que envolveu as equipes administrativas, de apoio e assistenciais para garantir uma transição segura para os usuários.

Pioneiro em Goiânia
Nas principais instituições de saúde de países desenvolvidos, as antigas papeletas de prontuários dos pacientes foram substituídas por sistemas eletrônicos para o registro e o controle dos cuidados dedicados nos atendimentos. O Hugol foi criado com o que há de mais moderno em tecnologia da informação, sendo o primeiro hospital público em Goiânia a iniciar suas atividades com o uso do prontuário eletrônico do paciente (PEP), com utilização de certificação digital e de soluções mobile para gestão de informações.

A unidade se diferencia por ter dados e processos clínicos, assistenciais, administrativos, financeiros e estratégicos integrados, acesso a informações em tempo real e, com isso, subsídios para uma gestão eficiente e transparente. A utilização do PEP nas instituições de saúde é de grande relevância, essencialmente por eliminar a utilização de grande quantidade de papel e custos com impressões, organização e arquivamento desses documentos; possibilitar a utilização de um espaço físico de arquivo menor e, o mais relevante, possibilitar acesso rápido dos profissionais da saúde às informações do paciente, auxiliando para um atendimento eficiente e seguro.

No sistema eletrônico, o profissional médico pode realizar prescrições, evoluções, solicitações de exames, transfusões e outros procedimentos de forma rápida e com segurança, possibilitando também rastreabilidade dos medicamentos e segurança desde a prescrição médica até a dispensação dos medicamentos. A assinatura dos profissionais por meio de certificado digital garante a autenticidade e a segurança das informações, confirgurando-se mais um diferencial da instituição.

 

J. Antônio Cirino (texto)/Edson Freitas (foto)/Agir 

 

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