Hugo participa de projeto internacional de atenção ao AVC

Qualificação do laboratório alemão Boehringer Ingelheim capacita equipes para realizarem atendimento rápido e eficaz em casos de acidente vascular cerebral

Profissionais do Hugo participam da qualificação (virtual) para aplicação do protocolo do Projeto Angels

O acidente vascular cerebral (AVC) causou a morte de 76 mil pessoas no Brasil em 2020. O derrame, como é mais conhecido, ocorre quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, causando a paralisia daquela área da cabeça, sem circulação sanguínea. Todos os anos, o 29 de outubro é marcado pelo Dia Mundial do AVC. 

É justamente no mês de outubro que equipes de saúde do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) participam do Projeto Angels, iniciativa internacional do laboratório alemão Boehringer Ingelheim de treinamento, capacitação e qualificação para implantar o protocolo de atendimento do AVC em unidades de saúde pelo mundo. A ação é realizada em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), 

Com treinamentos on-line, na tarde e noite de terça e quarta-feira (19 e 20/10), os profissionais do Hugo participaram de curso realizado pela equipe de neurologia. A qualificação dos centros de atenção ao AVC e a implementação de novas unidades de atendimento ao acidente vascular cerebral são os objetivos do Projeto Angels – o Hugo é um dos 150 hospitais do Brasil e mais de 2,8 mil em todo o mundo escolhidos para participar do Projeto Angels. 

“Com o auxílio de múltiplas estratégias, é possível, por exemplo, reduzir o tempo do que chamamos de porta-agulha, que é a diferença de tempo entre o paciente entrar no hospital e receber o tratamento para reverter o quadro de AVC”, explica o diretor técnico do Hugo, André Luiz Braga. Esse tempo porta-agulha precisa ser reduzido para, no máximo, 60 minutos. O intervalo é considerado pelos protocolos internacionais como o de prática para realizar um atendimento rápido e eficaz em casos de AVC. 

De acordo com o diretor técnico do Hugo, só com o rápido atendimento à pessoa que sofre um acidente vascular cerebral que se consegue diminuir qualquer possível sequela que essa pessoa possa vir a ter em decorrência do AVC. 

Protocolos internacionais
Esses “anjos” que são capacitados nos treinamentos do Boehringer Ingelheim saem aptos a ampliar a rede de atendimento com base nos protocolos internacionais. Membro da equipe do Projeto Angels, o médico neurologista Marco Túlio Pedatela afirma que é possível reduzir o tempo de atendimento, o porta-agulha, para até 60 minutos a partir da adoção do protocolo internacional de atenção ao AVC. 

Participam do treinamento não só médicos do setor de neurologia, mas também profissionais do Núcleo Interno de Regulação (NIR), recepção, emergência, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e da clínica médica. Essa equipe do Hugo recebe a capacitação para melhorar a qualidade assistencial em casos de AVC e conseguir chegar ao tempo-resposta adequado ao tratamento ágil, com eficácia e redução das sequelas.

O paciente que sofre um AVC e recebe atendimento no Hugo passa pela regulação municipal e pelo NIR, recebe avaliação por neurologistas de plantão e recebe avaliação na emergência. São realizados exames laboratoriais e de tomografia computadorizada. Em seguida, o paciente é encaminhado o quanto antes para a enfermaria ou para a UTI, de acordo com a gravidade do caso e da necessidade de atenção terapêutica.

Participantes
A coordenadora da enfermagem nas UTIs 3 e 4 do Hugo, Caroline Marinho, umas das participantes do treinamento, afirma que 23 profissionais da UTI 3 receberam a qualificação na tarde de terça-feira, 19. Entres eles, estão membros da equipe multiprofissional, médicos, psicólogos e enfermeiros que acompanharam o Projeto Angels no hospital e em casa. 

“É um tempo bem produtivo e esclarecedor a respeito do projeto, no qual podemos nos capacitar sobre qual a melhor assistência a ser implementada no atendimento ao paciente que tem um AVC. Toda a equipe está empenhada e interessada em aperfeiçoar o atendimento com adoção do protocolo adotado pelo Projeto Angels”, descreve Caroline.

Além do treinamento, os profissionais recebem material para estudo e aplicação dos protocolos na rotina hospitalar em um atendimento de paciente encaminhado ao Hugo no momento da ocorrência do AVC.

Augusto Diniz (texto e foto)/INTS

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