Hugo fortalece emocional de profissionais na luta contra a Covid-19 

Unidade do Governo de Goiás está alerta sobre necessidade de atendimento psicológico das equipes que trabalham durante a pandemia

Projeto no Hugo envolve cuidado e troca de experiências entre colaboradores

Profissionais do Hospital Estadual de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) são o foco do projeto Rede de Cuidado, que observa o lado psicológico de quem está na linha de frente da saúde. A principal medida é proporcionar aos colaboradores da unidade do Governo de Goiás um momento em que possam expor sentimentos, angústias, medos, anseios e desejos, principalmente neste período pandêmico.

Com perfil de atendimento traumatologia e ortopedia, o Hugo teve de se adaptar, neste período, para também proporcionar o atendimento à população contaminada pelo coronavírus. É nesse contexto que se acende um alerta: a atenção com os profissionais de saúde, que precisam estar em boa condição, para conseguir cuidar de quem precisa. 

“Além do acolhimento àqueles que estão internados sem seus entes queridos, os profissionais de saúde merecem um olhar atento e mais próximo”, ressalta a coordenadora do atendimento multiprofissional, Andressa Arruda. Ela conta que a iniciativa surgiu quando os profissionais perceberam que outros colegas perceberam que toda a tensão pandêmica estava provocando nos colegas alguns sentimentos como incertezas, insegurança, angústias e tensões.

O projeto desenvolve ações voltadas à prática do cuidado e possibilita a escuta e a troca entre os trabalhadores. O fortalecimento do grupo facilita formas para que consigam lidar com as complexidades do cotidiano e situações estressantes dos processos de trabalho. 

“O projeto é realizado pela equipe multiprofissional do hospital, com encontros diários, no período da manhã. Inicialmente, com uma roda de conversa, conduzida pela psicóloga ou assistente social, mas o objetivo é que a empatia seja fortalecida entre os colaboradores e que todos possam praticar individualmente”, conta Andressa.

Entre 5 e 10 minutos
Sem nenhuma ligação religiosa, e com a intenção de não interferir na dinâmica do trabalho, o prazo estipulado será entre 5 e 10 minutos, de modo que o posto de trabalho não fique sem ocupação e o atendimento ao público seja mantido. 

“Os profissionais que apresentarem necessidade de escuta, sofrimento emocional, disfuncionalidade, estafa ou problema em lidar com momento vivido serão orientados a procurarem o atendimento de psicologia ambulatorial oferecido pela própria instituição”, conta. Caso a psicóloga responsável pelo atendimento ambulatorial verifique a necessidade de acompanhamento periódico, fará o encaminhamento para Rede de Atenção Psicossocial.

Julianna Adornelas (texto e foto)/INTS

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