Hospital Estadual em Pirenópolis promove inclusão de surdos

Palestra proferida por gastrônoma surda na unidade do Governo de Goiás mostra necessidade de quebrar barreiras e facilitar inserção social

Palestra de  Arethéa Carvalho respeitou o distanciamento social e permitiu acesso dos colaboradores

A direção do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (Heelj) promoveu na tarde de quinta-feira, 24, uma palestra visando facilitar a inclusão de surdos no processo de serviços de saúde. A diretora de humanização da unidade do Governo de Goiás em Pirenópolis, Gisela Jayme, disse que o objetivo foi comemorar o Dia Nacional dos Surdos demonstrando comprometimento com a causa.

“Chamamos uma pessoa graduada e com conteúdo para mostrar a capacidade de interação dessas pessoas com a comunidade. O objetivo foi justamente chamar a atenção para a necessidade de quebrar barreiras e fazer uma inserção de forma contínua”, explicou.

A palestra foi realizada na parte externa do Heelj como forma de manter o distanciamento social e permitir o acesso dos colaboradores. Arethéa Pereira Carvalho, 44 anos, surda, graduada em Gastronomia pela UEG, fez um breve relato sobre sua história de vida, relatando as dificuldades que tem enfrentado e que, em geral, os surdos enfrentam em relação à comunicação com os ouvintes.

A palestrante frisou também as dificuldades enfrentadas por ela quando era estudante do ensino fundamental, uma vez que ainda não adquirira contato com a Língua Brasileira de Sinais (Libras), da comunidade surda – reconhecida pela Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, e regulamentada pelo Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005).

“Ela ressaltou a importância e necessidade de os órgãos públicos estarem se adaptando e adequando as acessibilidades às pessoas surdas, para que haja melhor interação e comunicação entre ambas as partes, principalmente aqui, em Pirenópolis, por se tratar de cidade turística.

Para essa troca de experiência, Arethéa contou com o apoio da professora e intérprete da língua de sinais Kátia Marilene de Morais Pina, 51 anos, pós-graduada em Geografia, Meio Ambiente e Turismo pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), com cursos de capacitação em Libras.

“Vamos prosseguir com essa proposta de humanização e inclusão social em todos os níveis, porque a nossa meta como gestores da saúde é garantir plenas condições de vida para toda a comunidade”, garante Gisela Jayme.

Helmiton Prateado/IBGH
Foto: Heelj

 

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