Hospital Estadual da Mulher celebra Dia Mundial da Prematuridade

Referência em Goiás, unidade de saúde organiza painéis de fotografias, recadinhos de mães para equipe, vídeo, depoimentos, histórias de superação e um saboroso lanche

Eletícia Montanguini relata história da filha Hanai Eduarda, que passou 114 dias na UTI do Hemu

No Hospital Estadual da Mulher (Hemu), cerca de 60% dos nascimentos registrados ocorrem com menos de 37 semanas de gestação, ou  seja, partos prematuros. O alto índice é explicado pelo fato de a unidader de saúde do Governo de Goiás ser especializada nesse tipo de atendimento.
 
O mês de novembro é considerado o mês internacional de sensibilização para a causa da prematuridade, em que se comemora o Dia Mundial da Prematuridade em (17/11). Para comemorar a data, o Hemu realizou uma programação especial, no auditório da unidade. O hospital ganhou decoração especial com balões e enfeites roxos, cor símbolo da causa da prematuridade, painéis com fotografias e mural com recadinhos das mães para os profissionais do hospital.
 
A diretora técnica do Hemu, Cristiane Carvalho, abriu a programação dando boas vindas a todos os presentes e ressaltando o cuidado da equipe para com os prematuros. "É o momento de celebrarmos a vida desses pequenos guerreiros que lutam desde o nascimento. Quero aproveitar para agradecer a equipe multiprofissional do hospital,0 pelo empenho e dedicação que dispensam aos nossos pequenos pacientes, pois esses cuidados salvam vidas”, afirmou a diretora.

A coordenadora médica nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (Utins) e na de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin), Sandra Afiune, falou do trabalho realizado pela equipe em relação aos prematuros. “Fazemos um cuidado progressivo voltado para a qualidade de vida do recém-nascido. Estamos aqui para melhorar e garantir a assistência dada a esse bebê”, pontuou a coordenadora.

A coordenadora de enfermagem da Ucin, Lílian Jerônimo agradeceu a presença das mães dos neonatos e, em especial, as que já estão com seus bebês em casa e fizeram questão de comparecer para relatar sua experiência.
 
Um vídeo mostrando um pouco da rotina dos prematuros, dos bebês com os pais, a equipe multiprofissional, bem como momentos de prematuros durante a internação e depois de receberem alta foi apresentado, acompanhado da música Como é grande o meu amor por você. Logo após, embaladas pela emoção, mães que tiveram bebês prematuros no hospital relataram suas vivências para funcionários e outras mães que estavam presentes no evento.
 
'Ótimo atendimento'
Mãe de Hanai Eduarda, a comerciante Eletícia Montanguini, moradora de Itaberaí, contou a sua história. “Minha filha chegou antes do tempo. Ela nasceu aqui neste hospital no dia 18 de abril deste ano, pesando 660 gramas. Mesmo tendo outros filhos, fiquei perto de minha filha, que passou 114 dias na UTI Neonatal. Ela recebeu alta em 2 de agosto, pesando 2,530 kg. Saiu ainda com o oxigênio. Aqui tivemos um ótimo atendimento. Os profissionais estavam sempre presentes, atentos e cuidadosos e me auxiliaram em tudo. Após sair do hospital, em casa, eu tive que ser mãe, médica, enfermeira, fazer o papel de todos.”, relatou a comerciante

Eletícia Montanguini fez questão de deixar um recadinho para as mães que estão passando por momentos de luta junto com seus pequenos. “Sei o quanto é difícil viver dentro da UTI, mas sei também o quanto uma boa equipe cuidando de nosso bebê faz toda a diferença. Os filhos de vocês estão em excelentes mãos. Hoje, minha filha está em casa e com saúde e sou muito grata a toda essa equipe do Hemu”, destacou a comerciante, com a pequena Hanai no colo.
  
Cuidado humanizado
O prematuro é a criança que nasce antes de completar 37 semanas de gestação. A neonatologista Daniella Portal explica que o problema do bebê prematuro é que os órgãos ainda são imaturos e não conseguem realizar suas funções integralmente após o nascimento. “Para este bebê que ainda está com os principais órgãos, como o pulmão, em fase de amadurecimento, é essencial um cuidado humanizado e uma equipe multidisciplinar dedicada, como é realizado nas UTIs Neonatal aqui no Hemu, referência estadual na Metodologia Canguru (MC) e Iniciativa Hospital Amigo da Criança (Ihac)”, destaca.
 
As mães de bebês prematuros internados nas duas UTIs Neonatal e na UCIN ganharam lembrancinhas (sapatinho e cartão com o carimbo do pé do bebê), com o objetivo de promover acolhimento e interação entre os pais e a equipe.

Marilane Correntino (texto e fotos)/IGH

 

 

 

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