Hospital da Mulher capacita fonoaudiólogas para teste da orelhinha

Curso tem como objetivo atualizar equipe da unidade do Governo de Goiás para um atendimento de qualidade e segurança ao realizar o teste da orelhinha

Hellenninna Martins mostra a fonoaudiólogas do Hemu como manusear aparelho usado no teste da orelinha

O Hospital Estadual da Mulher (Hemu) iniciou, nesta quarta-feira (20/04), uma capacitação para os profissionais da fonoaudiologia sobre a triagem auditiva neonatal. Ministrado pela fonoaudióloga Hellenninna Martins Marçal, especialista em audiologia, o curso tem como objetivo atualizar a equipe para um atendimento de qualidade e segurança ao realizar o teste da orelhinha.

A especialista falou da importância da realização do exame e mostrou uma das técnicas mais usadas nas triagens auditivas neonatais, as emissões otoacústicas transientes. “Trata-se de um teste de triagem objetivo que avalia o sistema auditivo, mais especificamente as células ciliadas externas da cóclea, a fim de detectar precocemente os problemas de audição e poder intervir”, afirmou Hellenninna que costuma fazer cerca de 8 a 12 testes, por dia, na unidade do Governo de Goiás. 

O teste de Emissões Otoacústicas Transientes também pode ser realizado em adultos para complementar o diagnóstico de problemas auditivos. Para que se possa fazer o diagnóstico precoce,  o teste deve ser realizado, preferencialmente, nos primeiros dias de vida (24h a 48 horas) na maternidade, antes da alta hospitalar. 

Em uma sala silenciosa, o profissional coloca um aparelho, que produz estímulos sonoros leves e mede o retorno desses estímulos de estruturas do ouvido interno. Caso sejam identificadas alterações, o bebê deve ser encaminhado a um especialista, para que sejam feitos exames complementares.

Papel fundamental
A audição é fundamental para o desenvolvimento da fala, da linguagem e da aprendizagem, e o fonoaudiólogo tem papel fundamental durante todas as fases do processo de detecção, diagnóstico e intervenção precoce nas alterações auditivas.

Durante o treinamento foi mostrado, na prática, o teste da orelhinha, em um bebê de dois dias de nascido. O resultado saiu na hora e não foi detectada nenhuma alteração. Segundo a coordenadora multiprofissional da psicologia e fonoaudiologia, Flávia Zenha, essa capacitação é extremamente importante. 

“O profissional capacitado lida melhor com problemas, se relaciona de forma mais assertiva, podendo, assim, atender os pacientes de forma mais segura e humanizada, contribuindo com os resultados e indicadores da instituição. Atualmente contamos com oito fonoaudiólogas na unidade e todas passarão pelo treinamento”, destacou a coordenadora.

Garantido por lei
O teste da orelhinha é um direito da criança, garantido pela Lei Federal nº 12.303, de 2 de agosto de 2010, que torna obrigatória a realização do exame de emissões otoacústicas evocadas. Ele deve ser realizado em todos os recém-nascidos, ainda na maternidade, para a identificação de alguma deficiência auditiva. 

Marilane Correntino (texto e fotos)/IGH

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