HMI promove capacitação sobre “checklist para nascimento seguro”       

Protocolo implantado tem como referência uma ferramenta da Organização Mundial da Saúde para melhorar a qualidade dos cuidados dispensados às mulheres que dão à luz

No intuito de apoiar o uso de práticas essenciais de cuidados maternos e perinatais, o Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir Nascimento (HMI), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), iniciou em dezembro de 2019 uma série de capacitações da equipe multidisciplinar para utilização do “checklist nascimento seguro”. Participaram obstetras, pediatras, preceptores da Residência de Obstetrícia e Pediatria, anestesistas e equipe  de enfermagem.

Referência para a gestação de alto risco e considerado como atenção de média e alta complexidade, o HMI, por meio do Núcleo Interno de Segurança do Paciente (NISP), fez o lançamento da implantação desse protocolo em junho do ano passado e, agora, deu início à parte prática. A atividade foi ministrada pela enfermeira obstetra Juliana  Montalvão, que também é preceptora da residência de Enfermagem Obstétrica.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), dos 130 milhões de nascimentos que ocorrem todos os anos, cerca de 303 mil resultam na morte da mãe, 2,6 milhões são natimortos e outros em 2,7 milhões de crianças que morrem nos primeiros 28 dias após o nascimento. A referência do protocolo implantado no HMI  é o checklist do parto seguro da OMS, concebido como uma ferramenta para melhorar a qualidade dos cuidados dispensados às mulheres que dão à luz.

Com o checklist estes números tendem a cair, visto que aborda as principais causas dos óbitos maternos como hemorragias, infecções, parto obstruído e hipertensão arterial, bem como dos bebês nascidos mortos relacionados com complicações perinatais (cuidados inadequados antes do nascimento) e mortes neonatais (asfixia no parto, infecções e complicações relacionadas com a prematuridade do parto).

A enfermeira Lílian Maria Fernandes explica que o checklist é uma ferramenta simples que garante que o paciente irá receber toda a assistência necessária. “Este procedimento será utilizado para assegurar o uso de práticas essenciais de cuidados maternos e perinatais. Ele trará dados importantes preenchidos pelos profissionais de enfermagem e pela equipe médica”, afirmou.

Segundo a diretora-técnica interina do HMI e coordenadora da obstetrícia, Luciene Bemfica, o treinamento na unidade será contínuo. “O intuito é capacitar todos os profissionais envolvidos, assegurando a adesão e comprometimento com esse protocolo tão importante, a fim de reduzir as taxas de morte materna e neonatais. É uma forma de garantir que o protocolo esteja sendo cumprido por toda nossa equipe, desde o momento em que a gestante é admitida no hospital até o momento de sua alta e do recém-nascido ”, finalizou.

Marilane Correntino (texto e foto)/IGH

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