História da Esap faz parte do livro sobre a formação em saúde pública no Brasil


Com o título “A Experiência da Escola Estadual de Saúde Pública Cândido Santiago (Esap – Sest/SUS) – implantação do curso de Saúde Pública no estado de Goiás”, um artigo sobre a história da Esap foi publicado nesta semana no livro “Redescola e a Nova Formação em Saúde Pública”. O lançamento foi realizado no Rio de Janeiro durante o “I Colóquio Latino-americano de Formação em Saúde Pública” que aconteceu concomitantemente com o “III Colóquio Brasil-Cuba de Formação em Saúde Pública”.

De autoria dos professores Alessandra Marques Cardoso, José de Arimatéia cunha Filho, Loreta Marinho Queiroz Costa, Renato Alves Sandoval e Irani Ribeiro de Moura, o artigo vai levar detalhes da experiência da Esap na formação de sanitaristas para todo o Brasil e para vários países. O livro, editado pela Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública – Redescola, também fala das atividades realizadas por outras unidades de formação de profissionais de saúde, que podem servir como um apanhado geral do processo de formação de sanitaristas no Brasil e que possam ser usadas na criação de novos cursos da área no futuro.

Durante os colóquios, que tiveram a participação de representantes de Cuba, da Argentina, Uruguai, Venezuela, Equador, Portugal, Colômbia e Bolívia, além do Brasil, foi discutida a formação em saúde pública desde a graduação, passando pela pós graduação e mestrado, até dourado. Cada país apresentou sua realidade num contexto geral de políticas de saúde. São experiências diversificadas de saúde pública com modelos biológicos, sociais, de gestão, etc.

Segundo o sub coordenador de pós graduação da Esap, Renato Santoval, a discussão atual sobre o tema é a tendência de que a formação em saúde pública aconteça também na fase de graduação, diferente do formato de hoje, quando os sanitaristas são qualificados apenas na pós graduação. Para ele, a exemplo de Cuba, este modelo permite uma visão mais ampla e profunda do conteúdo da saúde coletiva, lembrando que outros aspectos ainda devem ser analisados.

Após os colóquios foi realizada uma Oficina de Trabalho em parceria com professores e pesquisadores da REDESCOLA e demais instituições afins à formação em saúde pública. O objetivo foi discutir as novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Saúde Pública e sua interface com a formação lato sensu. Segundo a superintendente de educação em saúde e trabalho para o SUS de Goiás, Irani Ribeiro, estas discussões serão permanentes entre as escolas de saúde pública, universidades e a própria Fiocruz.

Através da troca de experiências, a secretaria executiva da rede de escolas de saúde pública do Brasil pretende garantir recursos para a continuidade dos cursos em saúde pública. Para a Dra. Irani a qualificação dos profissionais tem duplo objetivo: a educação permanente como ferramenta de gestão e a assistência de saúde aos usuários. Neste dia 18/08, quinta-feira, os representantes de vários regiões do país estão discutindo, no Ministério da Saúde, o processo de normatização da educação permanente no Brasil.

Mais uma vez a superintendente ressaltou que o Sistema Único de Saúde, o SUS, não foi criado apenas para os pobres e sim para toda a população brasileira. Por isso, conforme disse,a Esap está empenhada e gratificada por estar envolvida no movimento de capacitação, sobretudo, de sanitaristas no Brasil para que o SUS continue tendo defensores para garantir a sua sustentabilidade e o atendimento de saúde de qualidade e gratuito para a população.

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