Herso promove orientações sobre câncer de próstata a pacientes e acompanhantes

Palestra na unidade do Governo de Goiás em Santa Helena faz parte do Novembro Azul, que busca conscientizar sobre importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença

Na recepção do Herso, Thaís Macron destaca importância do diagnóstico precoce da doença

Quem aguardava atendimento na recepção do Hospital Estadual de Santa Helena Dr. Albanir Faleiros Machado (Herso) na quarta-feira (24/11) foi surpreendido com uma palestra sobre a prevenção ao câncer de próstata. A ação na unidade do Governo de Goiás na região sudoeste do Estado faz parte da campanha Novembro Azul, mês mundial de combate à doença.

Entre as orientações ministradas pela coordenadora da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Helena de Goiás, Thaís Macron, está a importância do diagnóstico precoce da doença, o que é possível por meio das consultas médicas regulares e da realização periódica de exames.

“Os homens, em geral, têm muita resistência em procurar o serviço de saúde para todo o tipo de acompanhamento, não só relacionado à próstata, e isso causa muito problema. A maioria dos agravamentos de saúde do homem são em decorrência dessa não procura por atendimento médico”, afirma Thaís. 

“Mas o câncer de próstata costuma ser uma doença silenciosa por muito tempo, por isso é importante realizar o acompanhamento anual. Quando descoberto no início, as chances de cura chegam a 90%”, alerta a coordenadora.

Detecção do PSA
Ainda segundo Thaís, o ideal é que, a partir dos 40 anos, os homens já comecem a realizar anualmente o exame de sangue para detecção do PSA (antígeno prostático específico). A partir desses dados, o médico analisa se as taxas estão dentro do esperado. 

Já a partir dos 50 anos, o exame de toque retal deve ser realizado anualmente. Para homens negros, obesos ou com algum caso de câncer de próstata na família, o que aumenta a propensão de desenvolvimento da doença, o exame deve ser feito a partir dos 45 anos.

O paciente Elisvan Sales, de 27 anos, sofreu uma fratura na perna e acompanhou a palestra, enquanto aguardava uma consulta de retorno na unidade. “Foi muito interessante. É importante ter mais informação sobre o tema. Meu pai mesmo passou por uma cirurgia na próstata e, graças a Deus, hoje está bem. E, como a palestrante falou, eu preciso começar a acompanhar mais cedo. Com 40 anos, já vou começar a fazer os exames”, contou.

Fase sintomática
O câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens. Na fase sintomática, a presença de sangue na urina ou no sêmen, dor óssea, dor ao urinar e vontade de urinar com frequência são comuns. Mas, quando apresentam sintomas, 95% dos casos já estão em estágio avançado.

A pandemia de Covid-19 impactou diretamente o número de diagnósticos da doença. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, houve redução de 21,5% das cirurgias para retirada da próstata por câncer, na comparação entre 2019 e 2020, no Sistema Único de Saúde (SUS). Já os exames de PSA e biópsia da próstata tiveram redução de 27% e 21%, respectivamente. O número de consultas urológicas no SUS também caiu 33,5%.

Myla Alves (texto e foto)/IPGSE

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