Hemorrede coleta 299 bolsas de sangue nos dias de carnaval

Rede de banco de sangue e hemoderivados do Governo de Goiás também registra 62 cadastros de doadores de medula óssea no período

Doação ajuda reduzir déficit nos estoques da Hemorrede, que chegou a 37% em fevereiro

Seguindo as orientações do Governo do Estado para conter a pandemia do coronavírus, a Hemorrede Pública de Goiás manteve seu funcionamento normal durante o carnaval este ano em todas suas unidades – Goiânia, Catalão, Ceres, Rio Verde, Jataí, Formosa, Porangatu, Iporá e Quirinópolis. 

Segundo a diretora-técnica da Hemorrede, Ana Cristina Novais, entre os dias 15 e 17 de fevereiro, a unidade do Governo de Goiás coletou 299 bolsas de sangue e realizou 62 cadastros de doadores de medula óssea. "Nesse momento de pandemia, em que a demanda por sangue e hemoderivados tem sido crescente, a abertura neste período de carnaval foi fundamental para manutenção do nosso estoque, que precisa ser reabastecido constantemente, visto que os hospitais funcionam independente de feriados ou fins de semana", ressalta. 

Em fevereiro, o déficit dos estoques da Hemorrede chegou a 37%, enquanto a demanda é de 4 mil bolsas mensais. "Nós atendemos uma demanda de sangue e hemoderivados de mais de 200 unidades de saúde em Goiás, e mesmo no enfrentamento da pandemia, os hospitais em Goiás continuaram realizando transplantes, cirurgias de urgência, atendimento de pacientes com grandes hemorragias ou com doenças hematológicas que precisam de transfusões de sangue", reforça.

A diretora afirma que a doação é segura e lembra que desde o início da pandemia, todas as unidades da Hemorrede reforçaram os protocolos de sanitários, como distanciamento social, rotinas rigorosas de limpeza e desinfecção dos ambientes, uso de insumos descartáveis, além de treinamentos específicos de todos os servidores que atuam no atendimento de pacientes e doadores. 

"Até o momento não existe evidência de transmissão de coronavírus por transfusão de sangue, no entanto, seguimos todas as orientações do Ministério da Saúde, que recomenda que pessoas que tiveram contato com casos suspeitos de covid-19, fiquem impedidas de doar por 14 dias, e para quem foi considerado caso suspeito ou confirmado, esse prazo sobe para 30 dias, após a remissão dos sintomas", esclarece Ana Cristina.

Quero doar 
Para quem não teve tempo ou não estava apto para doar neste período de carnaval, mas quer fazer esse gesto de amor nos próximos dias, é importante estar atento a algumas orientações da direção da Hemorrede. 

"Pedimos que todos os voluntários façam o agendamento da doação antes de sair de casa no telefone 0800 642 0457 ou pelo site agenda.hemocentro.org.br, e venham para unidade sempre com máscara cobrindo boca e nariz, evitem trazer acompanhantes, e, sempre que necessário, façam a higiene das mãos utilizando nossos dispensers de álcool em gel", orienta Ana Cristina.

Para fazer uma doação de sangue é necessário estar saudável, ter peso acima de 50 kg, apresentar documento com foto válido em todo o território nacional e idade entre 16 e 59 anos, sendo que antes de completar 18 anos é necessária uma autorização dos pais ou responsáveis.

A orientação é que doadores acima de 60 anos fiquem em casa, visto que são pessoas do grupo de risco do novo coronavírus. Quem tomou a vacina da febre amarela deve aguardar 30 dias para fazer uma doação. Já para vacina contra gripe, o prazo é de 48 horas. A vacina contra o coranavírus é de 48 horas após a Coronavac e sete dias após a AstraZeneca. 

Pessoas que tiveram contato com pacientes infectados ou com suspeita de covid-19 devem ficar 14 dias sem poder doar, já para quem foi considerado caso suspeito ou confirmado, o prazo de inaptidão é de 30 dias após a remissão dos sintomas.
 
SERVIÇO
Onde doar – Hemocentro Coordenador Estadual Professor Nion Albernaz (Avenida Anhanguera, nº 5.195, Setor Coimbra), em Goiânia e unidades da Hemorrede no interior do Estado – Rio Verde, Jataí, Catalão, Ceres, Iporá, Quirinópolis, Formosa e Porangatu.
Quando doar – De segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas.

Thalita Braga (texto e foto)/Idtech

Déficit nos estoques da Hemorrede chegou a 37%, para demanda de 4 mil bolsas mensais
 

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