Componente sanguíneo enviado pela unidade do Governo de Goiás à Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia é usado na produção de medicamento para tratamento de pacientes como portadores de hemofilia

O Hemocentro Coordenador Estadual Prof. Nion Albernaz, unidade da Rede Estadual de Serviços Hemoterápicos (Rede Hemo) enviou, no dia 1º de novembro, 704 bolsas de plasmas para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás).

A partir do plasma é possível a produção de medicamentos biológicos, como o fator 8 e 9, usados em tratamento de pacientes com coagulopatias hereditárias, como a hemofilia, além da produção de imunoglobulina e albumina humana. Esse foi o sexto envio do ano, somando 4 mil unidades encaminhadas à farmacêutica.

A diretora técnica da Rede Hemo, Ana Cristina Novais, destaca que o envio das bolsas de plasmas represadas na unidade são feitos mensalmente. “Uma vez por mês, o Hemocentro repassa esse plasma para a Hemobrás. Além de contribuir com a produção de medicamentos provenientes do sangue, a gente reaproveita o plasma que ficava represado”, afirmou.

O plasma é parte líquida do sangue, resultante do processo de fracionamento do sangue total, obtido de doadores voluntários dos serviços de hemoterapia. Como os concentrados de hemácias e plaquetas, o plasma tem finalidade transfusional em diversas terapias na assistência à saúde. 

A transfusão de plasma absorve cerca de 20% da produção do hemocomponente nos serviços de hemoterapia. Os 80% restantes, ou seja, o plasma excedente do uso transfusional, pode ser utilizado para beneficiamento na produção de medicamentos hemoderivados. Esses medicamentos têm alto valor agregado, essenciais para as ações de saúde. 

Alex Bruno Maia (texto e foto)/Idtech