Hemocentro Coordenador apoia campanha sobre doença rara PTI

Unidade do Governo de Goiás também garante atendimento aos portadores da doença, causada pela baixa contagem de plaquetas sanguíneas

Fácil formação de hematomas e manchas vermelhas ou roxas na pele são alguns dos sintomas da PTI

Quando um paciente recebe o diagnóstico da Trombocitopenia Imune Primária (PTI), é importante entender o que é a doença, quais os principais sintomas e os cuidados necessários. Por isso, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) promove constantes campanhas de conscientização sobre a doença, em parceria com os hemocentros do País. Em Goiás, o Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz garante atendimento aos portadores da PTI e apoia a Abrale na conscientização da população sobre a doença.

Para esclarecer mais sobre a PTI, a médica hematologista da Hemorrede Pública de Goiás, Rafaela Farias, explica que a púrpura trombocitopênica idiopática, como também é conhecida, é uma doença autoimune que se caracteriza pela baixa contagem das plaquetas sanguíneas e que pode acometer qualquer tipo de pessoa, independentemente da idade, raça ou sexo. 

"Sabe-se que as mulheres têm maior risco de apresentar PTI do que os homens, mas não se trata de uma doença contagiosa, nem hereditária, o que significa que não é transmitida de uma pessoa para outra e nem de pai para filho", esclarece a hematologista da unidade do Governo de Goiás.

Entre os principais sintomas da PTI estão a fácil formação de hematomas, o aparecimento de manchas vermelhas ou roxas pela pele, sangramento prolongado de ferimentos, sangramento espontâneo pelo nariz e sangramento nas gengivas. Para se chegar a um diagnóstico preciso, é necessário buscar ajuda médica para que exames sejam feitos e o tratamento seja iniciado.

Rafaela explica que o diagnóstico da doença é feito pela contagem de plaquetas abaixo de 100.000/mm³ e é geralmente detectada por meio de um hemograma completo, sem alterações nas outras células sanguíneas e por exclusão de outras doenças que também possam causar a baixa de plaquetas. 

Em relação ao tratamento, Rafaela ressalta que, apesar da baixa quantidade de plaquetas, pode ser que não seja necessário fazer nenhum tratamento, quando, por exemplo, não há sinais ou há sinais leves de hemorragia. Ela esclarece ainda que, por se tratar de uma doença autoimune, normalmente o paciente costuma apresentar anticorpos contra antígeno plaquetário.  "Na PTI, a gente não indica transfusão de sangue ou de plaquetas, só em casos muito graves e que a plaqueta esteja muito baixa", esclarece.

Thalita Braga (texto e foto)/Idtech

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