HEMNSL promove palestra sobre campanha Setembro Amarelo

Ação visa chamar a atenção dos colaboradores da unidade de saúde para este grave problema de saúde pública: o suicídio

Colaboradores da unidade na palestra sobre a importância do Setembro Amarelo

A cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio, no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No intuito de alertar e conscientizar os colaboradores sobre a questão do autoextermínio no Brasil e no mundo, bem como os sinais de cautela, o Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), por meio do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), promoveu uma palestra no auditório da unidade.

A enfermeira do NHE Paula Christina deu boas-vindas aos participantes e destacou a importância de falar sobre a campanha Setembro Amarelo, de prevenção mundial ao suicídio, que infelizmente tem se tornado uma triste realidade. Com objetivo de contextualizar a campanha e explicar o porquê de sua criação, a psicóloga do hospital, Viviane Ferro, salientou que suicídio é um problema de saúde pública. Que os profissionais de saúde devem estar atentos a questão e que é importante falar sobre o tema para desmistificar, quebrar tabus e sensibilizar as pessoas para a questão da saúde mental.

A palestra sobre o suicídio foi ministrada pela psicóloga Elma Batista de Aniceto, coordenadora da Gerência de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Primeiramente, Elma aplicou a dinâmica do abraço e também da pessoa colocar numa folha de papel o que mais a incomodava. Esse papel foi balançado, amassado, desamassado e balançado novamente. Tudo isso para mostrar que, dependendo de como a gente vê a situação, o problema fica maior.

A psicóloga explicou a origem da palavra (do latim “sui caedere” – sui = si mesmo e caedes = ação de matar) e citou um dos maiores estudiosos sobre o assunto, Émile Durkhein (2000), que diz que o suicídio é um ato de desespero de um indivíduo.

Em sua exposição, Elma apresentou dados que apontam que o suicídio é a segunda principal causa de morte no mundo, na faixa etária de 15 a 29 anos e, no Brasil, ocupa a quarta causa de morte na mesma faixa etária. Em Goiás, foi registrados um total de 570 suicídios em 2019, e 330 casos em 2020.

Elma discutiu sobre predisposições de risco, manifestações subjetivas, situações de alertas, abordagens, o que fazer, o que não fazer etc. Ela destacou que é importante estar atento a alguns sintomas como: dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança, negatividade constante, isolamento, irritabilidade, perda de interesse e prazer pela vida, também  pensamento de morte.

Diante da identificação desses sintomas é importante que a pessoa converse sobre seus sentimentos e procure ajuda de um profissional de saúde mental.

Número 180
O NHE distribuiu pirulitos aos participantes com a seguinte mensagem: “Falar é a melhor solução” e o número 188, do Centro de Valorização da Vida, caso a pessoa precise de ajuda

Segundo a diretora operacional da unidade, Juliana Paixão, é extremamente importante e urgente abordar sobre questões da saúde mental. “Precisamos compartilhar informações, ter empatia e não, julgamentos. Só através da conscientização vamos poder contribuir para mudar essa triste realidade que afeta milhares de pessoas em todo o planeta.”  

Marilane Correntino (texto e fotos)/IGH

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