HEF utiliza musicoterapia para auxiliar no tratamento de pacientes na UTI

Iniciativa do coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do hospital do Governo de Goiás em  Formosa, técnica terapêutica pode aliviar sintomas como dor e ansiedade

Com objetivo de efetivar a humanização no cuidado com o paciente, o Hospital Estadual de Formosa (HEF) iniciou, na sexta-feira (6/5), a técnica de musicoterapia nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Trata-se da mistura entre arte e saúde que pode ajudar no tratamento de diversas doenças físicas e mentais, além de aliviar sintomas como dor e ansiedade.

A iniciativa do projeto partiu do coordenador da UTI, o médico Oliver Vilanova, com apoio da coordenação de enfermagem e da equipe técnica do da unidade do Governo de Goiás no município do Entorno do Distrito Federal.

Segundo Vilanova, o projeto deve continuar acontecendo pelo menos duas vezes ao mês nas UTIs do HEF. Para ele, a musicoterapia pode melhorar a qualidade de vida dos internados e facilitar nas questões de relacionamento entre os pacientes e os profissionais da saúde.

“O benefício principal dessa técnica é a humanização no cuidado com o paciente. O primeiro dia do projeto ocorreu na sexta-feira, e os pacientes se sentiram bastante acolhidos. Eu acredito que nós atingimos a nossa meta”, declarou o médico.

Prática
O projeto ganhou vida graças à disponibilidade do técnico de enfermagem Braiam Cardoso, responsável pelo som instrumental, e da assistente administrativa Luiza Bastos Khalil, responsável pela cantoria.

Para cantora Luiza Khalil, colaboradora do pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed) e estudante de Psicologia, a escuta terapêutica no âmbito hospitalar é de extrema importância. Ela declarou que a música é usada como ferramenta que envolve a humanização, pauta tão discutida e necessária.

“Participar desse projeto traduz tudo o que estudo teoricamente, em ações eficazes, na prática, onde o cantar, a melodia e a música em si acalentam o coração dos pacientes, visto que os mesmos não são apenas um número de leito, e sim vidas que possuem subjetividade. Resgatar essa subjetividade, fazendo o que amo (cantar) me deixa extremamente feliz”, revelou.

Braiam ressaltou que, na maioria dos casos, os pacientes internados se sentem muito sozinhos e sem alicerce de felicidade. O técnico relatou ainda que, durante a sua apresentação, pôde perceber que os enfermos tiveram uma “válvula de escape”, talvez uma boa memória que as músicas os fizeram recordar.  

“Tudo o que eles ouvem são termos técnicos e, muitas vezes, nem sabem o que significa. Nunca passei por experiência de internação hospitalar, mas imagino que se eu estivesse vivendo essa realidade eu iria gostar muito e me apegar as coisas e ações que me tirassem da memória o fato de estar ali, passando por aquele momento difícil”, enfatizou.

Amor Cantado
No mesmo sentido, outra medida adotada pelo Imed é projeto Amor Cantado, criado há pouco mais de um ano com o objetivo de aliviar a dor emocional de pacientes hospitalizados. Nele, o engenheiro Hercílio Ramos Júnior faz apresentações temáticas ao vivo, tendo no repertório músicas da MPB, clássicos sertanejos e do rock. A live Amor Cantado – Acolhimento Musical – é transmitida para todos os hospitais geridos pelo Imed e também veiculada pelo Youtube no canal TV Imed.

Maria Moura (texto e foto)/Imed

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