HDT esclarece sobre Febre Amarela em coletiva de imprensa

Diante da repercussão do grande número de casos de Febre Amarela em Minas Gerais e da preocupação da população goiana em se vacinar, o Hospital de Doenças Tropicais dr. Anuar Auad (HDT/HAA) – referência no tratamento de doenças infectocontagiosas e dermatológicas, realizou uma coletiva de imprensa hoje, 3 de fevereiro (sexta-feira), no auditório da unidade, às 8h30min, com o objetivo de esclarecer sobre a vacinação e demais aspectos relativos à doença. As elucidações foram feitas pela infectologista e diretora técnica do hospital, Heloína Claret, e pela infectologista da unidade, Letícia Aires.

Heloína informou que a Febre Amarela é uma doença infecciosa grave, provocada por um vírus e que tem um mosquito como vetor. “A evolução é aguda, em poucos dias pode passar, mas em alguns casos pode levar à morte”, afirmou. Ainda segundo ela, as primeiras manifestações são muito parecidas com qualquer doença viral, com sinais como febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Porém, a forma grave da doença, que é rara, pode ocasionar insuficiências renal e hepática, icterícia e hemorragias.

Porém, as médicas informaram que há medida protetiva eficaz, a vacinação. “Em Goiás não há motivo para preocupação. Como fazemos parte da área endêmica, desde sempre é realizada a vacinação contra a Febre Amarela. Hoje, temos uma cobertura de 95%, o que significa que quase toda a população já foi vacinada. Na região de Minas Gerais onde há o surto, apenas 54% das pessoas tinham recebido a dose”, afirmou a infectologista Letícia Aires. Ela ainda alertou que o protocolo da vacinação é realizado em bebês com 9 meses e depois com quatro anos de idade. “Depois dessas duas doses, a pessoa já está imune e não precisa mais vacinar”, explicou. Segundo Letícia, quem não vacinou com essa idade mas recebeu a dose em qualquer outro momento de sua vida também está protegido, já que não é preciso “renovar” a imunização.

A médica ainda citou que está havendo uma grande procura por parte de idosos pela vacina, porém, caso o paciente nunca tenha recebido a imunização ao longo de toda sua vida, o que há poucas chances, é preciso uma indicação formal médica para quem tem mais de 60 anos. “Abaixo de 6 meses não vacinamos, pois os riscos são maiores do que os benefícios, e acima de 60 anos há que verificar caso por caso para ver se é interessante ou não”, explicou. Pacientes com doenças que abaixam a imunidade, gestantes e lactantes com bebê de até 6 meses de idade também não podem vacinar, por se tratar de uma imunização por meio de vírus vivo. Ao fim, as duas voltaram a afirmar que, em Goiás, a população não deve se preocupar e que só devem se vacinar aqueles que nunca receberam a dose e que não fazem parte do grupo em que há a proibição.

Fonte: Assessoria de Comunicação do HDT/HAA

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