HDT alerta sobre psoríase, que afeta 5 milhões de pessoas no País

Doença autoimune que causa lesões avermelhadas e descamativas na pele é lembrada neste 29 de outubro, Dia Nacional de Combate à Psoríase

Ainda sem cura e com mais de 5 milhões de pessoas afetadas no Brasil, a psoríase é uma doença crônica, inflamatória, autoimune, que causa lesões avermelhadas e descamativas na pele. Nesta terça-feira, 29 de outubro, é celebrado o Dia Nacional de Combate à Psoríase, doença ainda desconhecida pela população e que necessita de compartilhamento de informações para incentivar a busca por auxílio médico.

A dermatologista do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anaur Auad (HDT), Mirian Castilho, explica que a psoríase, apesar de não ser uma doença contagiosa, afeta a autoestima e a qualidade de vida do paciente. “A causa da enfermidade é genética, mas fatores ambientais e psicológicos, estresse, uso de certos medicamentos, exposições ao frio e desequilíbrio imunológico acabam agravando a doença”, explica, ao ressaltar que a doença ocorre em diversos tipos (veja no final do texto).

A médica da unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) também destaca que a psoríase é uma doença que não tem cura e não tem uma forma de prevenção. “Existem tratamentos e formas de controlar a reincidência. Em casos leves e moderados, a doença pode ser controlada com uso de medicação local, hidratação da pele, e exposição moderada ao sol”, explica.

A psoríase não acomete apenas a pele, pois, em alguns casos, pode comprometer as articulações, necessitando de um tratamento específico. Além disso, pessoas portadores de psoríase contam com uma chance maior de apresentar outras doenças, como diabetes, hipertensão arterial e obesidade.

Mirian Castilho ainda ressalta que a doença pode se agravar de acordo com fatores psicológicos e sociais. “É importante que o paciente não se desgaste emocionalmente, evite passar por estresse, mantenha uma vida social e sempre procure ajuda médica, além de manter um acompanhamento psicológico”, enumera.

Os tipos da doença

Psoríase em placas – É a forma mais comum da doença, caracterizada por lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos.

Psoríase invertida – Lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras como couro cabeludo, joelhos e cotovelos.

Psoríase gutata – Pequenas lesões localizadas, em forma de gotas, associadas a processos infecciosos. Geralmente aparecem no tronco, braços e coxas (bem próximas aos ombros e quadril) e ocorrem com maior frequência em crianças e adultos jovens.

Psoríase eritrodérmica – Lesões generalizadas em 75% ou mais do corpo.

Psoríase ungueal – Surgem depressões puntiformes ou manchas amareladas principalmente nas unhas das mãos.

Psoríase artropática – Pode estar associada a comprometimento articular. Surge de repente, com dor nas pontas dos dedos das mãos e dos pés ou nas grandes articulações como a do joelho.

Psoríase pustulosa – Aparecem lesões com pus nos pés e nas mãos (forma localizada) ou espalhadas pelo corpo.

Psoríase palmoplantar – As lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e solas dos pés.

Patrícia Borges, da Comunicação Setorial

Foto: Divulgação/IGH

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