HDT alerta sobre combate às hepatites virais

Em alusão a dia mundial de luta, médico da unidade da SES-GO orienta sobre necessidade de exame e uso de medicamentos que recuperam e eliminam quase todos os casos

Em 28 de julho é celebrado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, enfermidades que registraram, de acordo com o Ministério da Saúde, 10.198 novos casos no ano de 2017. As hepatites são doenças que causam inflamação nas células do fígado. Podem ser causadas por vírus ou pelo uso de remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Os sintomas podem ser variados: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras, entre outros. Porém, muitas vezes a doença é silenciosa e não apresenta sintomas, o que a torna ainda mais preocupante.

Existem várias formas da patologia. As mais comuns são as hepatites A, B, C, D, e E, que se diferenciam de acordo com a forma de evolução. O hepatologista do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Rodrigo Sebba, destaca que a grande preocupação é que algumas dessas hepatites virais possam evoluir para a forma crônica.

“As hepatites crônicas, especialmente as hepatites B e C, muitas vezes, na fase aguda, quando a pessoa se contamina, não apresentam nenhum tipo de sintoma, fazendo com que o indivíduo não perceba que foi contaminado. Com o tempo, o vírus, cronicamente infectando o fígado, gera um processo inflamatório no órgão e fibrose, aumentando o risco de evolução para outras doenças como a cirrose hepática e o câncer de fígado”. O hepatologista explica que, no Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelo vírus B, transmitido principalmente por relação sexual, e C, por sangue contaminado.

Em 2018 o HDT notificou 266 casos de hepatites B e C, e neste ano de 2019, o número já chega a 119 casos notificados. “As formas de prevenção mais eficazes desses dois tipos de vírus são o uso dos preservativos e evitar o compartilhamento de objetos que possam ter contato com sangue, como seringas, utensílios de dentistas mal esterilizados, instrumentos de manicures, entre outros”.

Tratamento

A hepatite C é uma doença curável, para a qual os medicamentos disponíveis recuperam e eliminam quase todos os casos. Já na hepatite B há caso crônico, mas inativo, no qual o indivíduo não precisa ingerir remédios. Deve, porém, manter o acompanhamento. Já em casos que exista a necessidade de medicação, a pessoa infectada possivelmente terá de fazer o uso de medicamento para o resto da vida, pois a hepatite B não tem cura, apenas controle.

Rodrigo Sebba alerta que a principal orientação é fazer os exames com relação às hepatites virais, principalmente a partir dos 40 anos de idade. “Os exames devem ser feitos pelo menos uma vez na vida, e a pesquisa de hepatite B e C pode ser solicitada por qualquer médico”, explica o hepatologista.

Patrícia Borges, do ISG

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