HDT alerta para aumento de criadouros de Aedes aegypti com a chegada de período chuvoso

A chegada do período de chuvas e altas temperaturas em Goiás se torna a combinação perfeita para a proliferação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, o vilão da dengue, zika e chikungunya. Com a iminência do aumento do número de casos entre novembro e maio, período chuvoso e que favorece um aumento do vetor , conforme os registros dos anos anteriores, o Hospital Estadual de Doenças Tropicais dr. Anuar Auad (HDT), da SES – Governo de Goiás, gerido pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), alerta a população para que redobre os cuidados em suas residências e locais de trabalho, eliminando possíveis focos. No HDT, por exemplo, as equipes de manutenção e limpeza desenvolvem trabalho continuo de retirada de entulhos, limpeza de ralos e calhas, com fechamento dos reservatórios de água, além de fiscalizarem possíveis represamento de água, por parte de objetos ou plantas.

A dengue é uma doença de origem viral, que pode ser assintomática, leve ou grave, levando à morte, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção. Segundo registros do Sistema de Informação de Agravo de notificação (SINAN), do Ministério da Saúde (MS), no Brasil, em 2017, foram notificados 251.711 prováveis casos de dengue, com registro de 33 óbitos confirmados. Já em Goiás, no mesmo ano, foram registrados 60.668 casos prováveis de dengue, com oito óbitos. O HDT, por meio do seu Núcleo Hospitalar de Vigilância Epidemiológica, notificou 374 casos em 2017, sendo confirmados 277, com três mortes. Nos registros de 2015 até 31 de julho de 2018 foram 1.712 casos prováveis de dengue, entretanto, 2018 foi o ano com o maior número de notificações, com 584 prováveis casos.

De acordo com o infectologista Alexandre Costa, o vírus da dengue possui quatro subtipos, de 1 a 4. Porém, os sintomas são os mesmos: febre alta, manchas na pele, dores no corpo, nas articulações, na cabeça e nos olhos. Também existem os sinais de alerta, que é quando a doença pode evoluir para forma mais grave, que além da febre e dor no corpo, o paciente pode ter dor abdominal intensa, plaquetas muito baixas – com menos de 100 mil e tonteira, hemoconcentração”, pontua o médico.

Segundo o infectologista, uma vez infectada por um dos vírus da dengue, a pessoa fica imune a este vírus. “Se teve dengue tipo 1, não terá mais. No entanto, pode ter a do tipo 2, 3 ou 4”, salienta Alexandre. O tratamento é basicamente repouso e hidratação. “O paciente deve ingerir grandes quantidades de líquidos e monitorar os sinais vitais. Em alguns casos, pode ser necessário a internação da pessoa e fazer a hidratação com soro por meio da veia. Além disso, analgésicos e outros sintomáticos podem ser prescritos para aliviar as febres e dores. O importante é procurar um médico para avaliar o caso”, afirma.

Governo na palma da mão

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