HDS promove Conversa com Especialista, sobre doenças demenciais

Na ‘live’ realizada pela unidade do Governo de Goiás, profissionais discorre sobre Alzheimer e prenúncio de outras manifestações existente

João Paulo Moreira Di Vellasco, durante apresentação na ‘live’ do HDS

A Comissão de Ensino, Pesquisa e Treinamento (CEPT) do Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS) realizou na segunda-feira, 29, o evento virtual Conversa com Especialista, sobre diagnóstico de demência na família. Além das características clínicas do Alzheimer e as principais manifestações da doença em seus diversos estágios, os profissionais também abordaram o prenúncio da diversidade de outras manifestações demenciais existentes.

Conduzido pela médica geriatra do HDS, Isadora Crosara, e o neuropsicólogo João Paulo Moreira Di Vellasco, os especialistas discursaram sobre a perspectiva de tratamento do ponto de vista médico e não médico, no qual se destacam medicações utilizadas e as diversas formas de intervenção multidisciplinar que podem possibilitar à pessoa idosa com a doença de Alzheimer ter uma melhor qualidade de vida a partir da diversidade de intervenções possíveis.

Isadora Crosara ressaltou que a demência tem alta prevalência mundial e se caracteriza pelo comprometimento cognitivo da capacidade de o indivíduo executar atividades cotidianas. “O sintoma cognitivo que o paciente tem mais prejuízo é a memória, porém, pode ocorrer comprometimento da concentração, atenção, pensamento e outros”, afirma. 

Ainda de acordo com a médica, depressão, ansiedade, agitação, entre outros, são sintomas psicológicos e comportamentais das demências. “Para o diagnóstico, é preciso observar sintomas cognitivos ou comportamentais que venham a interferir nas habilidades no trabalho e atividades do dia a dia”, destacou.

Também de acordo com a médica, ainda não existem medicamentos que promovam a cura ou a regressão da doença. O tratamento existente deixa mais lenta a progressão das perdas cognitivas e pode maximizar as funções e estabilizar a perda da cognição. O tratamento farmacológico é feito com uso de anticolinesterásicos que inibem os neurotransmissores colinérgicos no sistema nervoso central e periférico.
 
João Paulo Moreira Di Vellasco, por sua vez, explica que, para a promoção do bem-estar do idoso com demência, o tratamento não farmacológico conta com apoio da equipe multidisciplinar (fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicólogo, médico, fisioterapeuta, educador físico, nutricionista e odontólogo), o olhar diversificado desses profissionais e a participação da família são importantes para a estimulação do paciente, para buscar novas formas de adaptação e maior qualidade de vida. 

“O diagnóstico precoce também é fundamental para garantir o sucesso da intervenção não medicamentosa. Salientamos aos familiares que procurem manter atenção para alguns sintomas e realizem consultas médicas periodicamente com profissionais que conduzam a avaliação destes aspectos”, destacou o neuropsicólogo.

Naiclea Silva (texto e foto)/Agir

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