HDS promove ciclo de palestras sobre síndrome de burnou

Doença do esgotamento profissional deve ser prevenida com atividade física, investir na espiritualidade e no equilíbrio entre trabalho e a vida pessoal, entre outros cuidados

Uma das palestras sobre a síndrome de burnout realizadas na unidade do Governo de Goiás

Sem combustível: característica da síndrome de burnout, que acomete mais de 30% da população brasileira. Tendo em vista a importância de se falar sobre o tema e chamar atenção dos profissionais para o cuidado com a saúde, o Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS) promoveu, de 6 a 8 de julho, o ciclo de palestras com o tema: Síndrome de burnout – pare e reflita.

Voltado para a equipe de enfermagem da unidade do Governo de Goiás, os trabalhos foram conduzidos pela supervisora de desenvolvimento de recursos humanos, Larissa Andrade Bento. A profissional explicou que a síndrome é conhecida como a doença do esgotamento profissional e que a melhor forma para prevenção é a prática do autocuidado, atividade física, investir na espiritualidade, ter equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e ainda desenvolver habilidade comportamentais a fim de minimizar os efeitos do estresse.

Para a enfermeira Renata Bianca Martins Ferreira dos Santos, participar da palestra despertou a percepção da necessidade de interação social. “Devido o momento pandêmico, fiquei focada apenas no trabalho e, ao participar da palestra, percebi que preciso realizar atividades de lazer para meu bem-estar”, afirma.

Larissa destaca que o acometimento da doença está relacionado à exposição prolongada a situações de estresse crônico, como atividade laboral excessiva, somadas a pouco tempo para lazer e descanso, ambientes de que demandam muito do indivíduo, a exemplo dos profissionais que tem contato constante com o público. Sinais como a falta de atenção, tensão muscular, dores de cabeça, fadiga constante, baixa autoestima são alertas de que é preciso parar e reorganizar a rotina.

Vale destacar que a síndrome tem tratamento, que pode ser feito com assistência medicamentosa, com a função de minimizar o estresse gerado no físico buscando a homeostase do corpo, e ainda exige o acompanhamento psicológico que ajudará a pessoa a encontrar estratégia para combater o estresse.

A exaustão emocional é um dos reflexos da doença. De acordo com pesquisa realizada entre 2018 e 2019 pela International Stress Management Association (Isma-BR), 72% dos brasileiros sofrem alguma sequela de estresse em diferentes níveis. Desses, 32% apresentam sintomas da síndrome de burnout. Portanto, manter uma rotina saudável com atividades variadas, uma conduta de autocompreensão e elaborar um cronograma de atividades de lazer, são atitudes que previnem o acometimento da doença.

Naiclea Silva (texto e foto)/Agir

 

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