Grupo terapêutico auxilia na descoberta e resolução das dificuldades intrapsíquicas e interpessoais de pacientes da unidade do Governo de Goiás

Os serviços prestados pelo Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS) vão muito além de consultas e exames, a exemplo das ações do grupo terapêutico Expressar para Homens. Por meio do diálogo aberto e o compartilhamento de experiências, o grupo visa auxiliar na descoberta e resolução das dificuldades intrapsíquicas e interpessoais. 
 
A terapia em grupo permite um acolhimento mútuo e troca entre os participantes. Os encontros são mediados pela psicóloga da unidade do Governo de Goiás Keila Mota de Sousa e acontecem uma vez por semana com duração de uma hora. Durante as sessões, os participantes verbalizam livremente suas emoções, estratégia que estimula o indivíduo a descobrir  e resolver suas dificuldades nas relações e socialização. 

"Os pacientes são encaminhados para psicoterapia, em busca de melhora no transtorno de humor, que é avaliado na primeira sessão (com instrumentos específicos da psicologia), com a intenção de verificar o nível de depressão ou ansiedade apresentado. Com o tratamento psicoterapêutico realizado, é perceptível a melhora não só no humor, mas nas relações e na socialização”, afirma Keila.
 
A profissional também destaca que o homem é mais resistente à terapia em grupo. "O homem não gosta de se expor, terapia em grupo para eles é como tirar a roupa, se sentem despidos por partilhar os sentimentos, mas, no primeiro encontro, fazemos o contrato terapêutico, que assegura que nenhum irá sair falando das dores do outro, e assim se sentem seguros para falarem", diz Keila.
 
Ainda de acordo com Keila, a depressão se caracteriza pela perda de interesse em atividades, impactando na produtividade do dia a dia. "As causas possíveis incluem uma combinação de origens biológicas, psicológicas e sociais de angústia". A psicóloga ressalta que o homem é visto como o provedor, e a incapacidade gera em cada um o sentimento de improdutividade, desencadeando, assim, a elevação da ansiedade, depressão e outros. 
 
O paciente Valdir Ludovino de Oliveira, 70 anos, afirma que fazer parte do grupo tem lhe ajudado na melhora do humor e, principalmente, no restabelecimento da memória. 
 
Antes da pandemia, eram atendidos cerca de 18 pacientes. Hoje, para seguir os protocolos de segurança contra a Covid-19, o número de atendimentos foi reduzido, mas será restabelecido assim que possível.
 
Naiclea Silva (texto e foto)/Agir