Grupo terapêutico do HDS é tema de TCC de estudantes de psicologia

Durante três meses, as pesquisadoras vão acompanhar trabalho voltado para mulheres portadoras de fibromialgia na unidade do Governo de Goiás

Profissional e pacientes do HDS reunidas com estudantes de curso de psicologia que vão acompanhar pacientes da unidade

O Hospital Estadual de Dermatologia e Reabilitação Santa Marta – HDS, unidade do Governo de Goiás, recebeu as estudantes do 8º período de psicologia Larissa Campos Salino e Jaiane Oliveira dos Santos, na semana passada, quando elas acompanharam o momento terapêutico voltado para as mulheres portadoras de fibromialgia. Esse atendimento será tema do Trabalho de Conclusão do Curso – TCC das estudantes.

“Escolhemos esse tema para nosso projeto de pesquisa porque é um assunto pouco falado, e muita gente não tem conhecimento sobre a fibromialgia. O objetivo do nosso trabalho também é mostrar às pessoas que a psicoterapia ajuda, sim, no tratamento ou alívio das dores causadas pela doença”, explica Larissa. As estudantes participarão das palestras até junho de 2021.

A fibromialgia é caracterizada como uma síndrome clínica que se manifesta com dores no corpo, principalmente na musculatura. Junto com a dor, a pessoa também sente os sintomas de fadiga, sono não reparador, alterações de memória, ansiedade, depressão e alterações intestinais. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, de cada 10 pacientes, até 9 são mulheres, com idade entre 30 e 60 anos ou mais –  há casos em crianças e adolescentes também.

O HDS realiza a terapia em grupo desde outubro de 2016. As reuniões são realizadas duas vezes por semana e são conduzidas pela psicóloga da unidade de saúde Larissa Arantes de Melo. A profissional explica que o trabalho em grupo tem a finalidade de fortalecer a personalidade das participantes, trabalhando o manejo dos sintomas da doença e principalmente fazer relação do estado emocional e o aparecimento das crises de dor.  “O grupo também proporciona a troca de experiência entre elas, gerando suporte mútuo e sentimento de pertencimento”, destaca.

A paciente Simone de Sousa Athair, 49 anos, afirma que o trabalho oferecido pela instituição tem sido fundamental na promoção do seu bem-estar. “Quando cheguei aqui, eu me sentia um soldadinho mutilado. Hoje me sinto uma guerreira, pois aprendi a lidar com a pressão do dia a dia e vencer a depressão desencadeada devido à doença”, afirma Simone.

Naiclea Silva (texto e foto)/Agir
 

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