Governo de Goiás discute características e monitoramento da Síndrome Mão-Pé-Boca

Webinar reúne informações clínicas da doença e discute a importância do monitoramento realizado em todo o Estado, onde já foram registrados 676 casos em 28 municípios

Profissionais da Suvisa participam do webinar Síndrome Mão-Pé-Boca,disponível no YouTube da SES

O Governo de Goiás promoveu, nesta terça-feira (27/06), o webinar Síndrome Mão-Pé-Boca (SMPB), transmitido pelo canal oficial da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) no YouTube, com o objetivo de sensibilizar profissionais quanto à notificação e adoção de medidas oportunas diante de casos.

Direcionado a trabalhadores da saúde e educação, mas também aberto a todos os interessados, o evento é organizado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da SES/GO,  responsável pelo monitoramento do surto de várias doenças em Goiás. Para quem perdeu a transmissão, o vídeo está disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=ND3hBVpOCNI

A médica e mestra em doenças infecciosas Cristhiane Rodrigues apresentou os sintomas, tratamento, medidas de controle e panorama da doença no mundo. A coordenadora do Cievs Goiás, Érika Dantas, falou do trabalho de monitoramento desenvolvido pela área e da importância da notificação, que pode ser feita por profissionais de saúde, da educação e também pelos pais.

A servidora Priscilla Silva Rosa de Almeida participou do webinar, como mediadora, e Ana Clara de Castro Santos, estagiária do curso técnico em Vigilância em Saúde Integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Goiás, ajudou na organização do evento e na produção de um e-book para trabalhadores da saúde e da educação. 

Segundo o Cievs, 89,9% dos casos de SMPB acometem crianças de 1 a 5 anos, mas também pode afetar crianças mais velhas e até adultos. A maior parte dos surtos é identificada nas instituições de ensino, daí a necessidade do compartilhamento de informações para profissionais da educação, mas também para o público em geral, em particular pais e familiares das crianças.

“Precisamos reforçar o enfrentamento, detecção e adoção de medidas oportunas para garantir que a síndrome esteja controlada, e isso se faz com o compartilhamento de informação de qualidade e com o monitoramento constante e adoção de medidas corretas”, defende Érika Dantas 

Manifestação do enterovírus
A SMPB é uma forma de manifestação do enterovírus, e é considerada corriqueira entre crianças de até 5 anos. Geralmente, os sintomas surgem e desaparecem sozinhos, no período de sete dias, sem maiores complicações.

Os sintomas, como o surgimento das lesões, começam pela boca, indo para mãos, pés e até nádegas, em alguns casos. A doença não tem tratamento antiviral específico, por isso, em casos identificados, o tratamento inclui analgésicos, anti-inflamatórios e hidratação intravenosa em caso de desidratação.

Se houver suspeita da doença, é importante levar a criança para avaliação de um profissional de saúde. Por isso, é indispensável estar atento a sintomas como febre, mal-estar e falta de apetite. É recomendado ainda que, aos primeiros sinais, os pais comuniquem a instituição de ensino que a criança frequente e mantenham os filhos em casa até o desaparecimento dos sintomas. A prevenção continua sendo a higiene das mãos tanto das crianças quanto dos cuidadores.

Riva Kran (texto e foto)/Comunicação Setorial

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