Goiás Contra o Aedes Força- tarefa já visitou 67 municípios na primeira semana do ano
Cerca de 90 mil residências foram vistoriadas, com a identificação de 2661 imóveis com focos do mosquito Aedes aegypti
O balanço da primeira semana das ações do movimento Goiás contra o Aedes em 2016 foi positivo, de acordo com o relatório apresentado na manhã desta segunda-feira, 11, por superintendentes e gestores da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Nos dias 6 e 8 de janeiro, datas agendadas como Dia D das ações, houve força tarefa em 67 municípios, com a visita em aproximadamente 89.982 residências. No total foram encontradas 2661 imóveis com focos do mosquito Aedes aegypti, 24.817 residências fechadas e 182 recusas de moradores que não permitiram a entrada nas casas.
A Força-tarefa, que tem a parceria com o Corpo de Bombeiro Militar (CBM), é inédita no país e busca erradicar em Goiás o mosquito transmissor da zika, dengue, febre amarela e chikungunya. A meta é visitar 3 milhões 120 mil domicílios em todo o Estado, até 31 de janeiro, e repetir o trabalho nos meses de fevereiro, abril e junho.
“As pessoas estão entendendo que temos um grande desafio que é eliminar o Aedes do território goiano. Tanto que essa primeira semana foi muito positiva, com a adesão dos atores públicos, dos profissionais que atuam diretamente no combate e da sociedade”, observou o superintendente Executivo da SES, Halim Girade.
No relatório foi identificado, como ponto positivo, equipes motivadas, com a participação significativa de voluntários; boa preparação para as mobilizações, com reunião entre membros das regionais de saúde, municípios e profissionais e a integração entre os Agentes de Combate as Endemias (ACE) e Comunitários de Saúde (ACS). A participação do Corpo de Bombeiros Militar também é reponsável pela logística, apoio operacional e monitoramento das ações. O CBM, pela sua aceitação social, contribui para sensibilizar o morador.
Foi citado ainda que o envolvimento dos prefeitos é decisivo para o sucesso das atividades. “Quando eles se mobilizam, disponibilizando alimentação, roupas, maquinário e também fazem uma ampla divulgação com a comunidade, se percebe um maior êxito das ações”, comenta Murilo do Carmo, coordenador estadual do controle de dengue.
Imóveis Fechados
Entre as dificuldades encontradas estão o quantitativo elevado de imóveis fechados, resistência dos ACS em alguns municípios, número insuficiente de agentes em algumas cidades, alto número de idosos que vivem sem companhia e não fazem o trabalho de prevenção e a grande quantidade de lixo nas casas e terrenos baldios, entre outros.