Goiás apresenta “Siga Bebê” e “Mais Saúde” para secretários de outros Estados
A redução da taxa de mortalidade infantil e a ampliação do acesso à atenção primária são prioridades da Saúde dentro do “Programa Goiás Mais Competitivo”, que pretende colocar Goiás entre os Estados mais competitivos do Brasil. Lançado pelo governo estadual, em novembro do ano passado, o programa envolve ações em diversas áreas, entre as quais Saúde, Segurança e Educação para melhorar a qualidade de vida, a eficiência da gestão pública e a competitividade econômica do Estado.
Nesta quarta-feira, 27 de julho, o secretário de Estado da Saúde, Leonardo Vilela, apresenta as metas e projetos da área da Saúde dentro do programa Goiás Mais Competitivo para membros do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), em Brasília (DF). “Impedir mortes por causas evitáveis, como hipertensão e diabetes, exige resolutividade dos serviços básicos de saúde. Estamos dispostos a investir sessenta e nove milhões de reais para melhorar a Atenção Primária de Saúde em Goiás”, afirma Leonardo Vilela.
Mais Saúde Goiás – O Mais Saúde para Goiás tem como objetivo reestruturar, até 2018, a Atenção Primária à Saúde (APS) no Estado, de forma a garantir à população atendimento humanizado, com mais qualidade, equidade e resolutividade. A ideia é estreitar as relações com os 246 municípios goianos, colaborando para a melhoria das capacidades de assistência e gestão. As prioridades são o fortalecimento, monitoramento e a avaliação da Atenção Primária, com vistas à implantação de Redes de Atenção à Saúde (RAS) e o fortalecimento do SUS.
Sobre a ampliação do acesso à atenção primária em Goiás, o objetivo da SES é ampliar de 69,16%, em 2014, para 84%, em 2018, o percentual da população atendida por equipes de Saúde da Família. “Esses profissionais prestam ações de saúde, em âmbito individual e coletivo, relacionadas à promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e promoção da atenção integral”, explica a superintendente de Política de Atenção Integral à Saúde, Evanide Gomides.
Siga Bebê – O “SIGA Bebê” e o “SIGA Mamãe” são módulos pré-natal do “SIGA Saúde Goiás”, sistema que está sendo implantado no Estado para informatizar os processos e procedimentos da atenção primária do SUS. Por meio de um prontuário eletrônico, os módulos visam acompanhar a gestante e o bebê, no primeiro ano de vida, atendidos pela rede pública de saúde.
O instrumento auxiliará a SES-GO na meta de reduzir a taxa de mortalidade infantil. Dados revelam que 12% dos municípios goianos concentram 76% da mortalidade infantil e 70% das mortes são de neonatais, ou seja, ocorrem entre os primeiros 28 dias de vida do bebê.
“Elaboramos quatro projetos que propõem fazer todo o acompanhamento da vida do bebê, desde a gestação”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Maria Cecília Brito.
Esses programas incluem: o cuidado do bebê (pré natal da mamãe), vigilância do óbito infantil, bebê saudável (orientação de amamentação, vacinas, etc) e “Goiás Contra o Aedes” (que atua para eliminar o mosquito vetor que transmite doenças perigosas para mães e bebes como dengue e zika).
Metas da SES-GO no “Goiás Mais Competitivo”
· Aumentar em mais 323 o número de Equipes de Saúde da Família em Goiás até 2018;
· Diminuir a taxa de internação por agravos evitáveis de pacientes que sofrem de doenças crônicas e poderiam tê-los resolvidos ou minimizado na atenção primária (de 138 para cada 100 mil habitantes para 94,6 por cada 100 mil em 2018);
· Qualificar profissionais das Unidades de Saúde da Atenção Primária;
· Consolidar a Rede Estadual de Núcleos de Vigilância do Óbito capaz de notificar, vigiar óbitos, intervir nos riscos e promover melhorias;
· Fortalecer as competências familiares e municipais na atenção integral à criança até 1 ano;
· Equipamentos para diagnósticos a serem entregues a partir do final desse ano;
· Laboratórios – Levantamento para equipar ou instalar laboratórios de análises clínicas;
· Planificação da Atenção Primária da Saúde, com sete oficinas para qualificar os profissionais;
· Equipamentos para visitas das equipes de Saúde da Família, como medidores de pressão e estetoscópios;
· Qualificação dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Endemias com a Universidade de Brasília (UnB).