Os gestores do Instituto de Gestão e Humanização (IGH) – Organização Social (OS) que administra, em Goiás, o Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa), a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) e o Hospital Materno Infantil (HMI) -, participaram na última quinta-feira (23 de junho) do seminário “Organizações Sociais de Saúde: O Modelo na Prática”, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), que teve o intuito de debater esse sistema de administração. Estiveram presentes no evento a diretora regional do IGH, Rita Leal; a diretora geral do HMI, Fabiana Negri; a diretora operacional da MNSL, Ana Maria Caribé; e os diretores do Huapa, Sônia Aziz (diretora geral), Elisandro Cunha (diretor técnico) e Jaqueline Dourado (diretora operacional).

Segundo Elisandro Cunha, o seminário reforçou as práticas que são trabalhadas no dia-a-dia dos hospitais, além de apresentar resultados positivos da gestão por OSs em outros estados. “Foi muito produtivo já que reforçou aquilo que temos vivido diariamente com a gestão do IGH e que tem apresentado uma grande melhora na assistência ao paciente”, ressaltou. Elisandro lembrou ainda as melhorias na estrutura física promovidas no Huapa após o contrato de gestão por OS. “Antes realizávamos em média 60 procedimentos cirúrgicos. Seis meses depois da administração ser executada pelo IGH, a quantidade de cirurgias passou para 400 por mês. A administração por Organizações Sociais é um processo que não tem volta”, acredita.

Para a diretora operacional da MNSL, Ana Caribé, a gestão por OSs tem inovado a área da saúde a cada dia e o seminário apresentou dados que comprovam as mudanças. “Recentemente, o governo do Distrito Federal implantou naquela gestão o modelo que vigora em várias unidades hospitalares de Goiás. Portanto, não tenho dúvida de que as Organizações Sociais têm feito o melhor em garantir saúde de qualidade para a população. O seminário comprovou isso, e foi tão interessante que eu o descreveria em três palavras: esclarecedor, motivador e inovador”, enfatizou.

Palestras – O evento reuniu personalidades com vasta experiência na área, entre as quais o superintendente dos Hospitais Afiliados da Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina (SPDM), Nacime Salomão Mansur; o professor da Fundação Getúlio Vargas, Afonso de Matos; e o consultor em gestão por OS, Wladmir Taborda, que apresentaram em suas palestras um panorama geral de como a gestão por meio de Organizações Sociais tem apresentado saldo positivo, além de ressaltarem a importância da parceria público-privada.

Em sua apresentação, Wladimir Taborda ressaltou que, para obter bons resultados nesta área, o Estado deve selecionar uma Organização Social com vasta experiência gerencial, que tenha espírito público e goze da confiança do Estado, que conheça o modelo de gestão por resultados, seja comprometida com a qualidade e tenha a sensibilidade de aderir às práticas de transparência. Porém, ele enfatizou as responsabilidades do Estado, como o repasse de recursos previstos no contrato, além de sempre buscar o aprimoramento dos mecanismos de controle e fiscalização. O superintendente da SPDM, Nacime Salomão, reforçou a questão dos custos na gestão por OSs, além de apresentar os resultados positivos obtidos pelos hospitais em São Paulo que mudaram o modelo de gestão.