Força tarefa do movimento Goiás contra o Aedes continua a todo vapor
“Encontramos mais um foco do mosquito”. Esta foi uma das frases mais ouvidas no radiocomunicador utilizado pelo Corpo de Bombeiro Militar e agentes de saúde, durante uma ação no município de Santo Antônio de Goiás pelo movimento Goiás contra o Aedes. A atividade aconteceu nesta sexta-feira, 8 de janeiro. Outros 36 municípios também estão realizando ações na data, com a promoção de mutirões e atividades simultâneas visando prevenir os casos de dengue, chicungunya e zika no Estado. A meta é visitar 3 milhões 120 mil domicílios em todo o Estado, até 31 de janeiro, e repetir o trabalho nos meses de fevereiro, abril e junho.
Em Santo Antônio de Goiás a mobilização começou no início da manhã com fogos de artifício para alertar a população. Contou com a participação de cerca de 100 pessoas, entre membros do Corpo de Bombeiro, agentes de saúde e de endemias, servidores da prefeitura e voluntários da comunidade. A meta é visitar todos os 2 mil imóveis da cidade, além de estabelecimentos comerciais e lotes baldios. “Pretendemos visitar todas as casas do município durante todo o dia de hoje. Se não conseguirmos executar todo o serviço hoje, vamos terminar nos próximas dias. Não queremos deixar brecha ao mosquito”, diz o prefeito Frederico Marques de Oliveira.
O gestor comandou a preparação, que teve reuniões com o secretariado, membro do CBM, da Regional de Saúde e profissionais. Houve ainda capacitações com todos os agentes e mobilização com todos os setores da sociedade com a participação de líderes religiosos e de bairros, empresários, entidades de classes, dentre outros. Na ação desta sexta-feira, o prefeito explicou que o município de Nova Veneza cedeu agentes de saúde para contribuir com o trabalho. “As prefeituras precisam se ajudar, já que o trabalho é de todos”, comenta.
Segundo a secretária de Saúde, Deusmair Antônia de Jesus, para avisar os cerca de 5 mil moradores da cidade foram realizadas várias estratégias. “Houve a instalação de vários outdoors em regiões estratégicas da cidade, três carros de som ficaram rodando 12 horas, as postagem nas redes sociais foram frequentes e distribuímos cartazes e panfletos. Enfim, fizemos um amplo trabalho de conscientização”, afirma.
Para o Major Caramaschi, um dos coordenadores da atividade, sem a participação da sociedade não será possível eliminar o Aedes do território goiano. “Esse trabalho não é somente do Corpo de Bombeiros, da Secretaria de Estado da Saúde ou das prefeituras. É uma ação de toda a comunidade. Se a sociedade não entrar nessa guerra conosco, de nada adiantará nosso trabalho”, salienta. Ele ainda destaca que a atividade também envolve a conscientização das pessoas, para que elas entendam a situação e as formas de ajudar.
O pastor Josael Paulino, morador da região, foi um dos voluntários da ação. Ele conta que recebeu a notícia da mobilização na igreja que participa e imediatamente se prontificou a ajudar. “É necessário o engajamento social. As pessoas precisam se preocupar com essa realidade. Só assim será possível acabar com esse mosquito, que causa tantos males e preocupações”, diz entusiasmado. A próxima mobilização no município foi agendada para 4 de fevereiro. A previsão é que mais duas mobilizações aconteçam durante o primeiro semestre deste ano, totalizando quatro atividades.
Movimento Goiás contra o Aedes
A força tarefa do movimento Goiás contra o Aedes é um trabalho inédito no País com ações simultâneas em vários municípios. As atividades continuarão nos dias 12, 14, 19, 21 e 26 de janeiro, quando será fechado o ciclo de mobilizações do mês de janeiro, totalizando a visita aos domicílios de 246 municípios. Atualmente, 71 municípios estão realizando ou concluindo a primeira etapa da ação.
Em relação aos casos de dengue, em 2015, foram registrados 187 mil casos, com 81 óbitos. Além disso, houve o registro de 4 caso do zika vírus, o que deixa o sinal de alerta ligado para o combate ao vetor dessas doenças.