Força-tarefa de combate ao Aedes já visitou mais de 33 mil casas em Goiás
A força-tarefa da campanha Goiás contra o Aedes esteve nesta quarta e quinta (dias 6 e 7) em 31 municípios goianos e chegou a 33.100 residências. Foram encontrados 858 focos do mosquito Aedes aegypti, 8.613 residências fechadas e 74 recusas de moradores que não permitiram a entrada nas casas.
O balanço é parcial e, nesta sexta-feira (8/1), será a vez de outras 37 cidades receberem a visita dos técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) e dos municípios, agentes de saúde, militares do corpo de bombeiros, agentes de combate a endemias e voluntários. A operação de Goiás é considerada inédita no país e tem como objetivo erradicar o mosquito transmissor da zika, dengue, febre amarela e chikungunya.
De acordo com o coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO), Múcio Ferreira dos Santos, a ação visitará os 3 milhões 120 mil domicílios em Goiás somente em janeiro e o trabalho será repetido nos meses de fevereiro, abril e junho.
Isso quer dizer que todas as casas goianas serão vistoriadas quatro vezes pelas equipes. “Vamos eliminar o mosquito do nosso território”, garante o coronel Múcio, que comanda a operação com estrutura e logística iguais a situações de guerra, conflito e desastre.
“Na verdade estamos em guerra contra o mosquito que está vitimando nossa população e disseminado doenças perigosas”, diz.
Todo o trabalho está sendo desenvolvido pelo Comitê Executivo Estadual de Combate ao Aedes. As residências, estabelecimentos comerciais e lotes baldios dos municípios serão vistoriados pelas equipes.
Além dos 31 municípios, até o momento, o movimento Goiás contra o Aedes já realizou ações nos municípios de Trindade e em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal. Em relação aos casos de dengue, em 2015, foram registrados mais de 189 mil casos, com 81 óbitos. Além disso, houve o registro de 4 casos de zika vírus confirmados, o que deixa o sinal de alerta ligado para o combate ao vetor dessas doenças.
Judicial
Todos os prefeitos são orientados a ingressar com ação judicial para permitir a autorização forçada nos imóveis fechados. “Dependendo do tamanho do criadouro, um imóvel fechado pode contaminar todo um bairro”, disse o coronel do Corpo de Bombeiros. A força-tarefa no Estado vai mobilizar 2.700 agentes de combate a endemias e 8.079 agentes comunitários de saúde.
Mapa
Para facilitar os trabalhos, o Corpo de Bombeiros utiliza um sotfware específico para mapear, via google maps, todos os imóveis que foram vistoriados, os que estão fechados e os que têm focos. Todas essas informações são avaliadas para servirem de subsídio para as próximas visitas, onde o quantitativo empregado retornará outras vezes nos mesmos domicílios.
Confira a entrevista com o coronel Múcio Ferreira dos Santos. Clique aqui.