Autoridades presentes na abertura do evento exaltam importância da parceria para êxito da força-tarefa, que percorreu casas de diferentes bairros 

O Governo de Goiás, realizou nesta terça-feira (17/5), mais uma megaoperação voltada à redução dos níveis de infestação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. Dessa vez, os trabalhos foram realizados no município de Senador Canedo, e contou com a parceria da prefeitura do município. 

A solenidade que deu início à ação da força-tarefa ocorreu na Praça Criativa, no Jardim das Oliveiras, com as presenças da primeira-dama e presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Gracinha Caiado; do secretário estadual de Saúde, Sandro Rodrigues; do comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, coronel Washington Vaz; e do prefeito de Senador Canedo, Fernando Pelozo, entre outras autoridades. 

A força-tarefa constitui mais uma das várias ações desenvolvidas pelo Governo de Goiás para atenuar o avanço do Aedes aegypti e, dessa forma, diminuir de forma drástica os casos de dengue, chikungunya e zika. Desde o ano passado, dezenas de municípios foram contemplados com as ações. Neste ano, foram desenvolvidas operações em Valparaíso e Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, e Goiânia e Piracanjuba.

Em seu pronunciamento, Gracinha Caiado destacou a importância do trabalho realizado pelo Corpo de Bombeiros e pelos agentes de controle de endemias (ACE) e agentes comunitários de saúde (ACS) que, diariamente, percorrem as casas no território goiano com o propósito de levar informação sobre saúde à população, motivando-os a fazer a limpeza rotineira de suas casas, eliminando os focos do Aedes. Ela destacou, também, a relevância da parceria entre o Estado, municípios e diferentes instituições para o êxito da ação. 

Sandro Rodrigues assinalou que a presença da primeira-dama no lançamento da força-tarefa mostra o compromisso do Governo de Goiás na realização de diferentes ações. Ele destacou que a operação em Senador Canedo, especificamente, constitui um exemplo da regionalização da saúde, estratégia efetiva de prevenção aos diversos agravos. O secretário também informou que neste dia 17 de maio comemoram-se 34 anos de existência do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Sandro Rodrigues também exaltou a importância do trabalho dos ACEs e ACSs para assegurar o êxito e a robustez do SUS. E ressaltou a relevância de a população desenvolver ações em suas próprias casas para a eliminação do Aedes aegypti e, ainda, de estar sempre de portas abertas para os profissionais que atuam no combate ao mosquito. 

Da mesma forma, o comandate-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Washington Vaz, exaltou a importância de os moradores checarem sempre os objetos e utensílios que acumulam água em seus lares. Ele afiançou que bombeiros, agentes de saúde e cidadãos, juntos, estão salvando vidas. Logo após a solenidade, as equipes saíram às ruas para a realização das visitas domiciliares e limpeza dos focos do Aedes. O Corpo de Bombeiros monitorou o sobrevoo de drones para identificação dos criadouros do mosquito em locais de difícil acesso.

Alto risco
No ano passado, nas 18 primeiras semanas epidemiológicas (do início de janeiro a 7 de maio), foram confirmados 24.376 casos de dengue em Goiás. Neste ano, no mesmo período, a SES-GO confirmou 73.652 registros da doença, o que corresponde a um aumento de 300,09%. As notificações da SES-GO também revelam que, neste ano, até o momento, ocorreram 36 mortes decorrentes de dengue em Goiás. Outros 127 óbitos estão em investigação. Segundo o Boletim da Dengue da SES-GO, Senador Canedo registrou 4.155 casos este ano e está caracterizado como município de alto risco. 

Até 2021, a chikungunya registrou um surto no Estado, em Bom Jesus de Goiás, e circulação viral em 43 municípios. Neste ano a doença apresenta crescente número de notificações e confirmações de casos. Os registros da SES-GO revelam que houve avanço de 181% no número de casos de chikungunya no Estado neste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2021, nas 18 primeiras semanas epidemiológicas, a SES-GO confirmou 548 casos da doença. Neste ano, até o momento, foram confirmados 3.303 casos em 52 municípios. Até o momento não foi registrado nenhum óbito relacionado à doença.

Embora tenha menos possibilidade de levar o paciente à morte, a chikungunya é considerada uma doença grave, tem um período mais prolongado de tratamento e de manifestação dos sintomas. Flúvia Amorim ressalta que a chikungunya faz com que as pessoas fiquem doentes por tempo mais prolongado, o que causa pressão nos serviços e no sistema de saúde como um todo, o que também causa preocupação nos gestores.

A zika, por sua vez, teve o auge em 2016, com a posterior redução da circulação viral e consequente diminuição no número de casos. Neste ano, foram identificadas duas gestantes com exames positivos de zika, possibilitando o retorno de casos em Goiás.

Maria José Silva (texto) e Iron Braz (foto)/Comunicação Setorial