Estado define estratégias para atendimento pediátrico em Goiás

Audiência no Ministério Público de Goiás ouviu secretários de Saúde de Goiás e de Goiânia a fim de traçar medidas emergenciais para desafogar o atendimento do Hospital Materno-Infantil

Em reunião na tarde de hoje, 4, no Ministério Público de Goiás (MP-GO), com vistas a tratar de soluções emergenciais para desafogar o atendimento no Hospital Materno-Infantil (HMI), o secretário de Estado da Saúde Ismael Alexandrino elencou as medidas que estão sendo tomadas no âmbito do atendimento de média e alta complexidade pediátrica. A secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, também esteve presente para apresentar ações que deem maior resolutividade aos atendimentos de menor urgência nas unidades da rede municipal. Ao final, ficou definido que Estado e Município vão elaborar, em conjunto, um Protocolo de Fluxo Operacional.

A proposta exposta por Alexandrino contém a abertura de dez leitos de UTI pediátrica e de 39 a 43 leitos de enfermaria pediátrica no Hospital de Estadual de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol), com início no dia 12 de abril. O Hugol servirá de retaguarda ao HMI, funcionando como uma extensão, do ponto de vista operacional, do atendimento pediátrico deste hospital. Para tanto, a Organização Social que está à frente do Hugol, a Agir, vai contratar, de imediato, os profissionais que estão no cadastro de reserva do Materno-Infantil. Ismael explica que, dessa forma, os princípios da administração pública são atendidos. “Como já houve um processo seletivo realizado anteriormente pelo Instituto de Gestão e Humanização (IGH), OSs que gere o HMI, os princípios da impessoalidade, publicidade e economicidade estão sendo respeitados”, esclarece.

Além dessa medida, a Secretaria trabalha com uma sequência de estratégias que estão sendo traçadas para melhorar e ampliar a rede de atendimentos materno-infantil no Estado, também a médio e longo prazo. Está em andamento uma negociação com o município de Aparecida de Goiânia para abertura, em curto prazo, de mais dez leitos de UTI pediátrica e de 30 de enfermaria no recém-inaugurado Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP). Para após 60 dias, também está prevista a ampliação de outros 10 leitos de UTI neonatal no HMI. Outra ação é a construção, em longo prazo, de um novo hospital de mesmo perfil, mas com o dobro de capacidade de atendimento do atual Materno-Infantil.

“O que estamos propondo é expandir no Estado aquilo que já existe, independente se a estrutura é municipal ou estadual. Como exemplo, estou em negociação com município de Aparecida de Goiânia a ampliação de leitos e estive ontem em Senador Canedo para avaliar um terreno que pode servir para construção de um novo Materno”, esclarece Ismael, sobre as estratégias para reduzir a superlotação de pacientes no HMI, unidade referência no Estado. Também presente na audiência, a diretora clínica do IGH, Rita Leal, apresentou dados de atendimento do HMI que mostram uma percentagem média de 40% de pacientes atendidos na unidade, que estão fora do perfil do hospital. São quadros de menor urgência que deveriam ser atendidos na rede municipal de saúde.

Para este cenário, a secretária municipal de Saúde de Goiânia relatou que o Município abriu credenciamento para a contratação de médicos pediatras para atuarem nos Cais de Goiânia. O atendimento pediátrico hoje na rede municipal está centralizado no Cais Campinas e não possui escalas completas para a assistência à população.

As deliberações da reunião incluem, além das medidas anunciadas pelos entes municipal e estadual, a elaboração de um Protocolo de Fluxo Operacional entre as partes. Até o dia 15 de abril deverá ser encaminhado ao MP-GO relatório final detalhando a implantação das medidas anunciadas com as possíveis alterações.

Mayara Chagas (texto) e Erus Jhenner (fotos), da Comunicação Setorial

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo