Equipe encontra sete focos de Aedes aegypti em uma única residência em Itauçu

Equipe da limpeza da força-tarefa entrou na casa e retirou o lixo do local

Com a meta de vistoriar 3.598 imóveis, agentes de combate às endemias, agentes de saúde, bombeiros militares e voluntários saíram às ruas de Itauçu nesta terça-feira, dia 19 de janeiro, para procurar e eliminar focos do Aedes aegypti no município de oito mil habitantes. Itauçu e outras 68 cidades recebem a força-tarefa Goiás contra o Aedes nesta semana.

O prefeito Moacir Dias, conhecido como Tulim, a secretária municipal de saúde, Divina Lúcia, e o Tenente Fidelis, do Corpo de Bombeiros Militar, fizeram a abertura da mobilização e explicaram aos agentes e voluntários como seria o dia de trabalho. O prefeito de Itauçu elogiou a integração das equipes (Estado e municípios) no combate ao transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus e falou com orgulho da diminuição de casos na cidade nos últimos anos. “Em 2015, Itauçu foi o município com o menor número de casos do Estado de Goiás proporcionalmente à população (incidência)”, disse o gestor.

A secretária municipal de Saúde contou que o número de casos caiu de 394 em 2013 para 84 casos em 2015. Segundo ela, a contratação de mais agentes foi fundamental para a redução. Divina Lúcia comentou que a maioria dos focos do Aedes está nas residências, principalmente nos jardins das casas.

Força-tarefa em ação

Agente de combate às endemias (ACE) em Itauçu há nove anos, Leila Verônica acredita que a população acomodou-se com a existência do mosquito transmissor da dengue e acaba esperando a visita do agente para vistoriar sua residência. No entanto, ela já percebeu que, neste momento, com o surgimento de novas doenças como o zika vírus, as pessoas estão preocupadas. No seu trabalho diário, ela aponta as casas fechadas como uma das grandes dificuldades.

Leila também destaca o importante papel das crianças na conscientização. “Nas visitas que faço vejo muitas crianças que cuidam de suas próprias casas e os pais também nos contam que, após as palestras que fazemos nas escolas, os filhos cobram dos pais para manterem as casas e quintais sem focos criadouros do mosquito”, revela.

Responsável por uma das equipes da força-tarefa em Itauçu, a primeira visita da agente de combate às endemias foi no cemitério municipal da cidade. “Sempre que viemos aqui encontramos focos de Aedes”, alerta. No local, os vasos de flores deixados nos túmulos são os principais vilões. Na visita de hoje, Leila encontrou um latão cheio de água, uma poça para preparo de cimento com água parada, onde foi necessário jogar o tratamento para evitar criação de larvas do mosquito, e vários vasos de plantas com água acumulada. Em um deles, a agente encontrou larvas e pupa do Aedes, que em poucos dias já se transformaria em mosquito.

No mesmo setor do cemitério, Pedra Grande, na casa onde vive sozinha uma senhora de 65 anos, a situação estava ainda mais crítica: a agente encontrou muito lixo no quintal e sete focos de Aedes aegypti. Para convencer a idosa a deixar a equipe de limpeza entrar e retirar o lixo acumulado, a equipe do Corpo de Bombeiros precisou entrar em ação.

Vizinho da casa onde foram encontrados os focos, João Américo de Morais contou que ele e outras duas pessoas da família tiveram dengue. Ele acredita que o mosquito veio da casa vizinha, pois garantiu que cuida muito bem para não criar focos em sua moradia.

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