Epidermólise bolhosa é tema de debate no HDT

Palestra para profissionais da unidade da SES aborda doença de pele não contagiosa e ainda sem cura que atinge mais de 830 crianças no País

Profissionais assistenciais e residentes médicos e multidisciplinares do Hospital Estadual de Doenças Tropicais dr. Anuar Auad (HDT), gerido pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), participaram na manhã desta terça-feira, 2, da capacitação “Epidermólise bolhosa: indrodução e relato de caso”, promovida pela unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Em sua palestra, a enfermeira e especialista em dermatologia e desenvolvimentos de novos negócios da Coloplast, Eveline Meloni, discutiu a doença de pele não contagiosa e ainda sem cura que atinge mais de 830 crianças no Brasil – 12 em Goiás.

A epidermólise bolhosa é uma patologia rara e complexa que se caracteriza pela fragilidade cutânea e pela formação de bolhas na pele. Há quatro tipos da doença, que se divide ainda em 50 subtipos. De acordo com a enfermeira, em 2018 nasceram 42 pessoas com a enfermidade e, no mesmo ano, 23 faleceram – 13 delas recém-nascidos. Eveline ressaltou que “é preciso que cada profissional assuma o seu papel, dermatologistas, nutricionistas, dentistas, enfermeiros e todo os outros. São poucas crianças acometidas com a doença no Brasil e precisamos dar qualidade de vida para elas”.

Atualmente, entre cinco e seis pacientes são acompanhados no ambulatório do HDT. Um desses casos teve seu estudo de caso apresentado durante a palestra. Uma criança de 10 anos de idade, diagnosticada com epidermólise bolhosa simples, teve sua evolução acompanhada durante 40 dias, depois de ser exposta a um medicamento. Depois de ver fotos mostradas pela palestrante, os presentes perceberam que houve melhora significante no quadro do paciente.

No final da palestra, a coordenadora da Residência de Dermatologia do HDT, Mirian Castilho, ressaltou a importância da capacitação para que toda a equipe do hospital saiba como conduzir um portador de EB e não apenas o dermatologista. “Toda a equipe do HDT, incluindo nutricionistas, fisioterapeutas e demais profissionais, devem saber como conduzir um paciente com a doença; por isso, acreditamos ser essencial difundir a todos”, disse. Ela destacou ainda a intenção da Secretaria Estadual de Saúde de que o hospital se torne, futuramente, referência no tratamento da doença.

 Loizia Paiva (texto e foto), do ISG

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