Em visita as gêmeas na UTI, secretário prevê Hecad com perfil de altíssima complexidade

Sérgio Vencio acompanha avaliação do médico Zacharias Calil a Valentina e Heloá, que se recuperam de cirurgia de separação, e destaca qualidade estrutura da unidade e seus profissionais

Sérgio Vencio e Zacharias Calil visitam Valentina e Heloá, na UTI do Hecad, onde se recuperam de cirurgia

O secretário estadual de Saúde Sérgio Vencio destacou, nesta sexta-feira (13/1), a estrutura do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e a capacidade de seus profissionais. “Percebi os detalhes na UTI; é um procedimento que exige uma estrutura que hoje temos, com a expertise da equipe médica”, elogiou o secretário, após visita, pela manhã, às gêmeas Valentina e Heloá, com o cirurgião Zacharias Calil. As crianças, de 3 anos, foram operadas na quarta-feira (11/1) e seguem em recuperação na Unidade de Terapia Intensiva do Hecad. 

“A ideia é que o Hecad seja referência em casos de média e alta complexidade em pediatria, com cirurgia neurológica e cardíaca, trazendo essa altíssima complexidade, 100% SUS, para a população. Este é o perfil do hospital e são casos complexos como este, que não podem ser atendidos na rede municipal, que devem ser priorizados aqui”, disse Sérgio Vencio. Ele acrescentou que a cirurgia realizada por Calil e sua equipe é a confirmação de que é possível realizar procedimentos muito complexos no hospital – o procedimento envolveu dezenas de profissionais, durante dez meses de preparação. “Conseguimos e estamos torcendo para que esses dias críticos passem e que dê tudo certo”, disse. 

O secretário também ressaltou o apoio de Zacharias Calil, na condição de deputado federal, para ampliar ainda mais a qualidade do atendimento de saúde no Estado. “Contamos bastante com o apoio do deputado, que vem destinando emendas para fortalecer a pediatria em todo o Estado e transformar esse hospital em referência no Brasil inteiro”. 

Quadro clínico
Após avaliar o quadro clínico Valentina e Heloá, na UTI, Zacharias Calil informou que as gêmeas ainda respiram por aparelhos, para proteger a estrutura abdominal. “Elas precisam de um repouso no organismo para estabilizarem cada vez mais”, justificou, ao adiantar que será iniciado ainda hoje a alimentação parenteral total, ou seja, nutrição pela veia. 

O cirurgião informou também que as meninas vão passar por avaliação do cirurgião plástico e que elas retornarão ao centro cirúrgico para um enxerto simples, que resulte no avanço da pele na região. “Mas está tudo dentro do programado”, garantiu. “Vamos mantê-las (na UTI) mais alguns dias, para estabilizarem ainda mais, pois a separação provoca um desequilíbrio total no organismo das duas”, adiantou. 

A operação das duas irmãs, que eram unidas pela barriga, demorou mais de 15 horas. No procedimento, foram separados fígado, intestino, sistema urinário, bexiga e parte óssea. Também foi feita a reconstrução da genitália, abdômen e pele. A cirurgia foi a primeira deste perfil no Hecad, que teve reuniões periódicas por dez meses para planejar o procedimento. Essa foi a vigésima segunda cirurgia de separação de siameses do profissional.

José Carlos Araújo (texto) e Marco Monteiro (fotos)/Comunicação Setorial

 

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