Doar sangue é fazer a diferença na vida de pessoas

Pacientes do HGG que passaram por transfusões de sangue falam da importância do gesto, que é praticado, muitas vezes, por pessoas desconhecidas

Uma meia horinha para quem doa, anos de vida para quem recebe. De forma simplificada, assim pode se definir o ato – de amor ao próximo – de doar sangue. “É um gesto de extrema nobreza, e isso deve ser incentivado”, define Durval Ferreira Fonseca Pedroso, médico intensivista e diretor técnico do Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). “Poder ajudar, fazer parte da vida de uma pessoa num momento tão crítico, tão grave, faz a diferença”, destacou o profissional.

É também no HGG que a doação de sangue faz a diferença na vida de inúmeros pacientes, como o eletrotécnico Alisson Fernando de Paula, de 30 a anos, que deu entrada no dia 11 de janeiro, com problemas de anemia profunda – ele foi submetido a um transplante de rim há três meses. Desde então, o rapaz já passou por cinco sessões de transfusões, que demandam bastante sangue. Por ser de Itumbiara, teve de contar com alguns amigos de uma avó para formar seu grupo de doadores.

Mas o importante é que, apesar da dificuldade, conseguiu se recuperar. “Estou muito agradecido (a esses doadores), queria muito também poder ser um doador, mas não posso”, diz Alisson, ao reconhecer o desprendimento de quem se dispõe, para ajudar alguém, um pouco do seu tempo. “Acho que a pessoa tem que ter essa consciência, porque um dia ela também pode precisar”, alerta o rapaz.

Redes sociais

Quem também já está se recuperando bem, após receber transfusão no HGG, é a aposentada Rosa Nazareno, de 76 anos, internada no dia 12 de janeiro com falência em um dos rins, falta de ar e outros sintomas. Para atrair doadores, a família da moradora de Aparecida de Goiânia, realizou uma mobilização bem-sucedida entre parentes, amigos e conhecidos – inclusive nas redes sociais – para atrair doadores ao Hemocentro e à Unidade Coletora de Sangue do HGG.

Felizmente, deu certo. “Não sei ao certo quanto, mas veio bastante gente”, conta Sirlei, filha de Rosa e que acompanha a mãe no hospital. Para Sirlei, além da gratidão, a experiência servirá também como incentivo: “Creio que agora eu também vou ser doadora. Lá em casa tenho um filho que sempre doa e salva a vida de muita gente.”

O médico Durval deixa outro recado para quem ainda não se convenceu da importância de ir até o Hemocentro ou outra unidade pública ou particular de Saúde: “doar sangue é doar vida”. Se precisar de mais um incentivo, o médico garante: “não causa nenhum problema de saúde”. O profissional ressalta que, antes de doar, é preciso seguir algumas recomendações, como observar peso e idade.

Nível de segurança

“Pessoas que são doadoras devem ser reconhecidas, pois é um gesto de amor ao próximo”, diz o diretor técnico do HGG ao lembrar que apesar da evolução da medicina, o sangue é insubstituível e não pode ser fabricado. “Todos os hemocomponentes são extremamente importantes”, ressalta. Infelizmente, a realidade nos bancos de sangue são os baixos estoques. “As doações são poucas e não conseguem atingir um nível de segurança.”

 

José Carlos Araújo, da Comunicação setorial, e Alessandra Curado, do Idtech

Fotos: Alessandra Curado

 

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