Curso atualiza profissionais goianos sobre doenças imunopreveníveis


A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) promove nesta quinta, 15, e sexta-feira, 16, no auditório da Escola de Saúde de Goiás curso de vigilância, manejo clínico e diagnóstico laboratorial das meningites, coqueluche e doenças exantemáticas, como o sarampo, por exemplo. A qualificação é oferecida a 75 profissionais das Regionais de Saúde, dos Núcleos de Vigilância Hospitalar e de municípios com maior risco para a ocorrência destas doenças.

Ministrada por especialistas do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen), Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) e Ministério da Saúde (MS), a atividade aborda os aspectos de vigilância, prevenção e controle das doenças, em virtude da situação epidemiológica no País.

Além do sarampo, o evento também aborda a vigilância de outras patologias que podem ser prevenidas com a vacinação dos indivíduos. Algumas dessas enfermidades voltaram a ameaçar a saúde pública nacional, como o caso da rubéola e poliomielite – que tiveram seus últimos casos registrados, respectivamente, em 2008 e 1989 – e outras ainda não estão eliminadas, como a coqueluche e a meningite. “Nenhuma dessas doenças está definitivamente erradicada”, alerta Magna Maria de Carvalho, gerente de Vigilância Epidemiológica da SES.

Sarampo

Uma das preocupações da saúde pública é a volta da circulação do sarampo, que teve o último caso registrado em Goiás em 1999. A ausência de registros da enfermidade no Brasil por tanto tempo fez com que, em 2015, a Organização Panamericana da Saúde (Opas) emitisse o Certificado de Eliminação de Sarampo nas Américas. Infelizmente, em 2016, houve a reincidência do sarampo no País. Em 2018, foi registrado surtos em 11 Estados brasileiros.

Neste ano, já foram registrados mais de mil casos apenas no Estado de São Paulo. “Apesar de não ser um Estado geograficamente limítrofe com Goiás, muitas pessoas viajam daqui para São Paulo com frequência”, alerta a gerente de Vigilância Epidemiológica. De acordo com dados da SES, em Goiás já foram registrados 21 casos suspeitos. Destes, 19 já foram descartados.

Transmissão e complicações

O sarampo é uma doença extremamente contagiosa. A transmissão ocorre pela tosse, fala, pelo espirro e o simples contato com objetos contaminados com a secreção do infectado. A doença é grave e pode levar a complicações severas.

Para alguém que suspeite ter contraído a doença, a gerente de Vigilância Epidemiológica alerta: “Se for adulto, a pessoa não deve ir ao trabalho ou, se for criança ou adolescente, os pais não devem levar à creche ou à escola por, pelo menos, quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas, para evitar a transmissão para outras pessoas”.

 

Gabriela Dutra, da Escola de Saúde de Goiás

Foto: Karim Alexandre

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