Crer promove ações de conscientização sobre o câncer de mama

Doença oncológica letal de maior incidência na população é tema de atividades educativas pelo Outubro Rosa na unidade do Governo de Goiás

Entre as ações no Crer para lembrar o Outubro Rosa, houve momento terapêutico com sessões de massagem

Para marcar o mês em atenção à prevenção ao câncer de mama, o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo – Crer realizou uma semana com eventos, palestras e vivências variadas. Com a participação de pacientes e profissionais, a unidade do Governo de Goiás fez do momento terapêutico convencional, na terça-feira (26/10), um espaço aberto para uma vivência alusiva aos métodos preventivos, diagnóstico precoce e meios para a população conseguir atendimento para essa doença.

A educadora física do serviço Agir+ Saúde do Crer, Dinamara Tasso Versan, explica que a retomada dos atendimentos na unidade está atenta às condições de saúde que estiveram pouco assistidas devido o contexto pandêmico. "Nesta tarde, nós focamos na prevenção, na conscientização das pessoas para que façam o autoexame, procurem uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para realizar os exames preventivos", diz.

A paciente Edna Batista Araújo participou de uma sessão de terapia um pouco diferente no Crer. Ela disse que estava com saudades de momentos como esses, nos quais vê os outros pacientes fora dos espaços de terapia. "Acho muito legal vir para a quadra receber as explicações e estar com todo mundo confraternizando e aprendendo. Eu mesmo tenho 53 anos e não sabia como fazer o autoexame. Nós temos de ter mais momentos como esse, temos de conversar mais sobre saúde", afirma Edna.

"Nós temos que nos reinventar nesse período que, finalmente, estamos superando a pandemia, por isso decidimos realizar esta ação em um lugar aberto, para garantir maior proteção aos nossos pacientes, afirma Marta Kelly Nogueira de Lima, gerente de Reabilitação Física e Visual do Crer. 

“A outra perspectiva é fazermos algo diferente e trazer um aspecto inovador para que as pessoas se envolvam, se engajem e se motivem a participar. Ver os nossos pacientes com participação ativa, perguntando mais e aprendendo mais é o objetivo de todo trabalho de educação em saúde que nós realizamos no Crer", diz ainda.

A ação contou com a parceria da Liga da Mama da Universidade Federal de Goiás, composta por estudantes e professores dos cursos de enfermagem, medicina e psicologia, que trouxeram um protótipo de mama para orientar sobre como realizar o autoexame. A Clínica Estética Avançada Francielli Zardini esteve presente, também, ofertando atendimento e sorteando duas outras sessões de massagem e de revitalização social.

Dias rosados
Nos dias 20 e 21, a Supervisão de Governança promoveu uma vivência orientada aos profissionais da higienização do Crer. Os dois dias focaram-se em um momento de orientação detido a compartilhar conhecimento sobre a prevenção da doença e orientações sobre autocuidado. 

A campanha de conscientização do Crer compôs, também, o calendário da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), que orientou um grande gesto nas unidades de saúde, chamado Dia “R” – Goiás Veste Rosa, no dia 22 de outubro. Os profissionais do hospital vieram foram trabalhar com alguma peça de roupa de cor rosa, em alusão ao cuidado prioritário da saúde da mama. 

Câncer de mama
De acordo com o Observatório Global do Câncer (tradução literal de Global Cancer Observatory – GCO), no ano passado, 2,26 milhões de novos casos registrados da doença oncológica foram do câncer de mama, responsável pela marca de 11,7% do total de casos. Por outro lado, mesmo que a incidência do câncer de mama seja maior, a taxa de mortalidade é menos preocupante, sobretudo quando há o diagnóstico precoce da doença. 

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda que as mulheres façam mamografia basal entre 35 e 40 anos de idade. Após os 40 anos, é preciso realizar a mamografia anualmente. Esse exame, ainda de acordo com a SBM, é o principal recurso para diagnóstico precoce, pois é capaz de identificar nódulos não palpáveis com menos de 1 centímetro. Um grande aliado, também, é o autoexame da mama, porque permite identificar alterações de forma, cor e demais sinais indicativos de que algo mais grave esteja acontecendo com o corpo.

Sckarleth Martins (texto) e Mayara Varalho (foto)/Agir

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