CRE já responde pela regulação da regional da Estrada de Ferro

Trabalho vai utilizar sistema desenvolvido para o Complexo Regulador Estadual, que promoveu treinamento de 62 pessoas, incluindo os secretários de Saúde dos 18 municípios da região

O Complexo Regulador Estadual (CRE), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES), promoveu o treinamento de 62 pessoas, incluindo os 18 secretários municipais de Saúde da Região da Estrada de Ferro. O encontro, realizado na Biblioteca Municipal de Catalão, teve como objetivo capacitar essas equipes no relacionamento com o órgão estadual, que passou a intermediar a regulação desses municípios desde segunda-feira, 12.

O trabalho vem sendo realizado com o Sistema Estadual de Vagas Integradas à Rede (Servir), desenvolvido especialmente para o CRE. Trata-se do mesmo sistema utilizado há mais de 12 anos na administração da Regulação de Acesso do Estado de São Paulo. Com o Servir, o complexo regulador goiano garante diferenciais como ganho no tempo de resposta, quantidade de leitos regulados, transparência e garantia de equidade.

“É uma vitória, principalmente para o Samu. Com o Estado de Goiás assumindo para si o papel da regulação nestes municípios, nós damos ao Samu o direito de atuar naquilo que de fato é responsabilidade dele, transporte de pacientes de urgência e emergência”, explicou Genésio Pereira dos Santos, diretor técnico do CRE. Desde 2006, o Samu fazia o papel de regulação, atendendo e buscando as solicitações de vaga por telefone.

A responsável pelo treinamento, Leydiane Queiroz, gerente operacional do complexo regulador, comemorou a receptividade dos gestores e técnicos da região. “Foi uma receptividade perfeita. Os técnicos ficaram muito satisfeitos com a possibilidade de transparência do Servir. Tinham vários municípios que não possuíam nenhum sistema de regulação, faziam a solicitação de vagas por telefone e tinham de esperar o retorno. Agora, cada um vai poder acompanhar o tempo e a hora de cada pedido”, resumiu.

Acompanhar solicitações

O secretário municipal de Saúde de Ipameri, Fauze Junior, não escondeu as expectativas. “Nós esperamos que o novo sistema traga realmente a tão almejada transparência nesse processo de regulação. Ele vai permitir a cada um de nós acompanhar as solicitações de transferência dos pacientes da urgência e emergência”, avaliou.

Já Frederyco Lisboa Lobo, técnico da Secretaria de Saúde de Ouvidor, afirmou que a transparência é um diferencial fundamental para a saúde de municípios pequenos. “Muitas vezes, estas cidades ficam à mercê dos grandes municípios, pois eles concentram a questão das maiores vagas de regulação. Então, como município, vai ser um grande ganho”, disse.

Nos dias 20 e 21 de agosto, será a vez de o CRE trabalhar na implementação do Servir para os 17 municípios da Região do Rio Vermelho. O treinamento será ministrado na Cidade de Goiás e envolverá a quarta região do Estado a contar com a atuação do CRE em sua integralidade. Além da Estrada do Ferro, as Regiões Sudoeste 1 e 2, que totalizam 28 municípios, também contam com a atuação do Complexo Regulador Estadual, em parceria com a Central de Regulação de Rio Verde.

Para ampliar a presença do CRE em outros municípios, é necessário um pedido formal à SES pelos gestores municipais. “Precisa de adesão dentro do município. Muitos secretários ficam inicialmente receosos com a mudança, mas isso vem mudando conforme percebem os ganhos nas regiões onde já implementamos o serviço do CRE. Percebemos um grande interesse dos secretários de Saúde, porque, com o Complexo Regulador Estadual, eles profissionalizam a regulação dos municípios”, resumiu Genésio.

Dandara Lima, do IGPR

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