“Conselho de Saúde é nosso controle social”, diz Alexandrino

Conselheiros destacaram a inédita participação da alta gestão da SES-GO em uma reunião do conselho

Os gestores da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), incluindo o secretário Ismael Alexandrino e todos os superintendentes, apresentaram o plano de governo para Saúde em Goiás na quarta reunião ordinária de 2019 do Conselho Estadual de Saúde de Goiás (CES), realizada na terça-feira, 02, no auditório do órgão, em Goiânia.

O presidente do conselho, Venerando Lemes, agradeceu o compromisso dos gestores junto ao conselho e falou da importância da participação deles na reunião, que busca fazer o controle social do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. “Essa gestão está demonstrando atenção ao CES, com empatia junto à população goiana usuária do SUS”, disse.

Alexandrino, por sua vez, ressaltou a importância do Conselho de Saúde para nortear as políticas públicas da área e agradeceu o apoio dos conselheiros que buscam tornar o SUS mais acessível para os usuários. “Nós fazemos saúde pública para a população, e essa é uma instância legítima. Nesse sentido, faço questão de estar presente, para que a gestão seja debatida, construindo o SUS coletivamente”, lembrou. Estavam presentes no encontro dezenas de conselheiros, representantes da sociedade civil, dos gestores, dos profissionais de saúde e dos usuários da saúde pública.

O secretário de Estado da Saúde de Goiás fez questão de pontuar as bases de sua gestão, inspiradas nos princípios do SUS, buscando equidade, integralidade e universalidade, por meio da regionalização da saúde, que facilitará o acesso da população aos serviços, a estruturação da regulação – que vai garantir um acesso igual para a população do interior e a busca da eficiência financeira e operacional que se dará por meio da renegociação dos contratos com as Organizações Sociais de Saúde, ampliando as metas e às vezes reduzindo valores de repasses, além de adequar as unidades de saúde às suas vocações de atendimento.

Pediatria

Durante a reunião, os gestores foram questionados quanto ao atendimento pediátrico em Goiás e informaram que medidas em curto prazo já estão sendo implantadas.

No Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste Governador Otávio Lage (Hugol) serão instalados dez leitos de UTI pediátrica e 39 de enfermaria pediátrica para pacientes referenciados de outras unidades, como do Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI). “Lembramos que esses leitos serão para pacientes encaminhados de outras unidades. A referência em emergência continua sendo o HMI”, disse Alexandrino.

Segundo a equipe, leitos também estão sendo contratados em unidades da rede privada, ajudando a desafogar as internações do HMI. Além de outros leitos que estão sendo negociados no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, que também serão destinados ao atendimento infantil.

Novos contratos

No encontro, que também serviu como prestação de contas, o secretário falou do processo de revisão de contratos em andamento na pasta. Segundo Alexandrino, conforme o prazo para renovação dos contratos de gestão com as Organizações Sociais da Saúde (OSS), revisões estão sendo feitas, com intuito de adequar o orçamento financeiro. “As adequações vão além da parte financeira e as metas também estão sendo ampliadas, como a inclusão de cirurgias eletivas para as OSS que gerem unidades de urgência”, esclareceu.

O Termo de Referência para o novo chamamento público para a gestão do Hospital Estadual de Urgências de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hutrin) foi apresentado para os conselheiros. A nova OSS que for administrar o hospital terá que cumprir novas metras preconizadas. Agora, o hospital será referência em cirurgias de hérnia e vesícula, além de ampliar a realização de partos de baixo risco, o que vai colaborar para desafogar esses atendimentos realizados no HMI.

“Definindo esses serviços para o Hutrin, teremos uma unidade referência para realizar essas cirurgias, que têm grande demanda no SUS e vai colaborar com o HMI, absorvendo as gestantes de baixo risco na hora do parto”, acentuou Alexandrino.

Policlínicas

A comitiva da SES-GO aproveitou o encontro para anunciar aos conselheiros a implantação de policlínicas regionais por todo o Estado, proporcionando à população do interior acesso mais fácil e rápido a consultas especializadas e atendimento multidisciplinar. “As policlínicas ajudaram na regionalização da saúde e desafogará o atendimento ambulatorial de Goiânia, além de ter o perfil para realizar algumas pequenas cirurgias”, pontuou o superintendente de Controle, Avaliação e Gerenciamento das Unidades de Saúde (Scages), Marcelo Trevenzoli.

O serviço de prevenção ao câncer também será instalado em algumas policlínicas, de forma estratégica, o que vai impactar positivamente no Hospital Araújo Jorge, principal unidade de atendimento a pacientes com essa enfermidade. Segundo Marcelo Trevenzoli, será um diferencial para a saúde em Goiás, que ainda não tem atendimento para o câncer na rede própria. “Precisamos investir na prevenção ao câncer, pois, além de ser um serviço mais barato do que o gasto com tratamento, a prevenção tem cerca de 80% mais resolutividade e eficácia”, garantiu.

Felipe Cordeiro (texto) e Sabba Nogueira (Fotos), da Comunicação Setorial

 

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