Comunicação em saúde: um desafio na atualidade

Discutir a comunicação de risco entre as autoridades de saúde e a sociedade organizada foi o objetivo o WorkShop “Comunicação em Saúde – Estratégias de Promoção da Saúde e Diálogos com a Comunidade” realizado nestes dias 08 e 09 de outubro, na Cidade de Goiás.

O encontro  teve o propósito de reunir profissionais de saúde e de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás – SES-GO e de municípios convidados, além de estudantes dos cursos de comunicação e nutrição da Universidade Federal de Goiás e representantes do Grupo de Trabalho Intersetorial de Promoção da Saúde de Goiás, ouvidoria, movimentos sociais, representantes de Universidades e outros segmentos da sociedade.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, promotora do evento, Maria Cecília Martins Brito, comentou que a comunicação tem papel primordial nos processos de promoção da saúde junto à sociedade. É necessário, segundo ela, que a população seja informada e conscientizada sobre a importância da sua participação no enfrentamento dos episódios de risco em saúde. “Precisamos utilizar as ferramentas de comunicação para conquistarmos a adesão das pessoas nas ações de promoção da saúde”, afirmou.

A Organização Mundial de Saúde define 3 frentes de trabalho para o enfrentamento do risco em saúde. A primeira delas é o processo de avaliação do risco e sua implicação na sociedade através da coleta e monitoramento de dados. A segunda é a intervenção direta no episódio pelo recolhimento ou bloqueio do agente causador do risco, E, por último, a comunicação do risco à comunidade para que ela também atue no enfrentamento através do conhecimento.

Segundo um dos palestrantes do Workshop, o jornalista Wilson Couto Borges, a população precisa receber as informações para que decidam participar de ações de prevenção de doenças ou adoção de práticas que resultem na própria melhora da qualidade de vida e de suas famílias. Para ele de nada adianta a promoção de ações pelas autoridades de saúde, se o cidadão usuário do sistema não se apropriar dos conhecimentos necessários à adesão.

A psicóloga Wilsa Ramos, professora da Universidade de Brasília, falou sobre “Tecnologias emergentes na cultura digital: efeitos e impactos nas práticas educativas da saúde e desenvolvimento humano”. Para ela a chegada dos veículos de comunicação digital conferiu poder às pessoas em geral que passaram a ser co-produtores de notícias. A população não deve ser convencida, na sua opinião, mas informada sobre os perigos para que aprenda a se proteger.

A discussão sobre as ”Estratégias de comunicação comunitária e participação para promover saúde” foi apresentada pelo professor da Faculdade de Jornalismo da Universidade Federal de Goiás, Nilton José Reis. E o ouvidor geral do SUS na SES-GO, Hardwuicken Miranda Vargas, falou sobre o papel da Ouvidoria e a interlocução com cidadão processo de comunicação direta com a sociedade.

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