Central Juarez Barbosa aumenta atendimentos em 66%

A média mensal de atendimentos da Central de Medicamento de Alto Custo saltou de 4.700 para 7.800 pessoas

Sara* (nome fictício) tem esquizofrenia e precisa de medicamentos caros para conter as crises da doença. Todos os meses, sua mãe, Maria Regina Alves, vai à Central Estadual de Medicamento de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac) (https://goo.gl/GRJ2RF )para pegar, gratuitamente, seis caixas de Clozapina. Se fosse comprar em uma farmácia comercial, a família teria que desembolsar cerca de R$ 1.200 por mês. Além do Clozapina, Sara usa outros três medicamentos.

Assim como Sara, a unidade já beneficiou, nos primeiros sete meses deste ano, 54.794 pessoas, o que representa 96% dos usuários atendidos em todo o ano de 2017, quando foram atendidas 56.793 pessoas. A média mensal de pessoas atendidas em 2018 já é de 7800, bem acima dos 4700 beneficiados no ano passado, o que significa um aumento de 66%.

Para atender à crescente demanda, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) aumentou os recursos. Em 2016, foram alocados R$ 48.1 milhões, subindo para R$ 52.5 milhões em 2017. Este ano, a SES-GO já destinou R$ 31.5 milhões para a compra de medicamentos de alto custo.

“Desde 2012, conseguimos manter a Central abastecida, com registro de faltas de medicamentos bem pontuais”, garante Jacireni de Mello Alves, diretora-geral da Cemac. Ela cita como eventuais entraves problemas nas transportadoras e avaria no produto durante o transporte, falta de matéria-prima para fabricação do produto e documentação da empresa.

A satisfação de Maria Regina com o atendimento confirma a informação de Jacireni. “A minha filha recebe o medicamento desde 2004, nunca faltou e sempre sou bem tratada)”, diz a dona de casa.

Perfil do paciente

Dentre os 54.794 mil pacientes atendidos no primeiro semestre deste ano, as mulheres formam o principal grupo, com 30.485 mil atendimentos. Os homens somam 24.309 mil. A faixa etária que prevalece é a de pessoas com mais de 40 anos, representando cerca de 68% dos atendimentos.

A exemplo do caso de Sara, a esquizofrenia é o tipo de doença que mais requer pedidos de medicamentos. Em seguida, estão a doença renal crônica, artrite, doenças pulmonares e glaucoma.

Os valores dos medicamentos também são diferenciados. Para se ter uma ideia, o anticonvulsante Topiramato 25mg custa R$ 6,00. Já o Ustequinumabe 90 mg (Psoríase) custa R$ 9.616,59. Entre os mais pedidos estão Alfaepoetina, para tratamento de renal crônico; Olanzapina, usado para controlar esquizofrenia e outros transtornos psicóticos; Formoterol, broncodilatador indicado para asma; Gabapentina, para dor neuropática; e Brometo de Tiotrópi, indicado para tratamento de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).

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