Ceap-Sol promove ação de conscientização sobre esclerose múltipla

Atividade é realizada na unidade do Governo de Goiás em alusão à Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla e ao Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla

Paciente do Ceap-Sol recebe orientações sobre sinais de alerta da esclerose múltipla

O Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (Ceap-Sol) realizou, nos dias 23 e 24 de agosto, a distribuição de folhetos informativos e orientações orais sobre esclerose múltipla, destacando os principais sintomas e sinais de alerta acerca da doença, considerada a doença neurológica que mais afeta jovens adultos no mundo, sendo que a média de idade em que as pessoas são diagnosticadas é aos 30 anos, conforme informações divulgadas pelo Ministério da Saúde.

O paciente da reabilitação Messias Nunes de Arruda Junior, 38 anos, foi um dos pacientes que receberam orientações sobre a esclerose na unidade do Governo de Goiás adminstrada pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG). “Essas informações são muito importante para alertar todo mundo sobre os sintomas e o tratamento", assegura. 

A esclerose múltipla se caracteriza por ser uma doença autoimune, crônica e inflamatória, caracterizada pelo ataque de células de defesa à estrutura que reveste os neurônios. De acordo com diretora técnica do Ceap-Sol, Thais Safatle existem diversos sintomas, que variam conforme a região do cérebro afetada pela doença, mas, em geral, a esclerose múltipla pode afetar as funções cognitivas/mental e sensoriais, visão, fala e deglutição, sistemas urinário e digestivo e a mobilidade.

“Inicialmente, um clínico-geral pode ajudar a identificar a doença, no entanto, é necessário que a pessoa seja encaminhada para o acompanhamento com um neurologista para a realização de análises mais específicas”, destaca a médica.

Além de tratamento medicamentoso, o tratamento da esclerose múltipla também conta com um processo de reabilitação dos pacientes, é o que explica o fisioterapeuta Carlos Henrique de Assis Costa. “O tratamento ocorre de forma multiprofissional, ou seja, com o acompanhamento de diversas especialidades médicas e não médicas, já que conforme a evolução da doença, o paciente começa a ter alterações mais significativas e existe a necessidade de intervenções focadas no bem-estar e funcionalidade", afirma. 

"Mas, quando falamos em reabilitação, a fisioterapia tem um papel fundamental para tentar reduzir os danos, assegurar a funcionalidade e a qualidade de vida dos pacientes. E, a depender do quadro clínico do paciente, em especial, quando ele começa a perder a coordenação motora fina, associa-se o tratamento de fisioterapia com a terapia ocupacional", destaca o profissional. 

Além disso, o fisioterapeuta explica que a doença também afeta o sistema digestivo, comprometendo a deglutição e ocasionando broncoaspiração – que é entrada de alimentos e/ou saliva na via respiratória. "Em geral, isso ocorre devido ao enfraquecimento dos músculos usados na deglutição, por isso, nesses casos, engloba-se ainda o acompanhamento com fonoaudiólogo", afirma.  

Causa desconhecidas
As causas da esclerose múltipal ainda são desconhecidas, embora existam estudos que indicam que fatores genéticos, associados ao estilo de vida e questões ambientais, podem contribuir para a manifestação da esclerose múltipla. A doença é considerada uma doença rara e sem cura, mas conta com tratamento disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS.

Desse modo, é importante que mediante qualquer sintoma da doença, a pessoa procure uma unidade de saúde para que seja feita a avaliação médica e indicação do tratamento. Além disso, o SUS conta com uma Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Neurológica para atender pacientes com esclerose múltipla e demais doenças neurológicas.

Aline Santos (texto e foto)/ISG

 

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