Cardiologia Fetal é pauta de palestra no HMI

Com o auditório lotado, o Hospital Materno Infantil (HMI) sediou no último sábado (29 de julho) palestra com o tema “Coração fetal: o que o obstetra precisa saber?”, ministrada pela especialista em Cardiologia e Ecocardiografia, Lilian Lopes, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Com o auditório lotado, o Hospital Materno Infantil (HMI) sediou no último sábado (29 de julho) palestra com o tema “Coração fetal: o que o obstetra precisa saber?”, ministrada pela especialista em Cardiologia e Ecocardiografia, Lilian Lopes, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Aberta para profissionais de saúde do hospital e também de outras unidades. Aberta para profissionais de saúde do hospital e também de outras unidades, a conferência contou com a participação de cerca de 60 convidados. “Assistir a uma aula como essa, com uma profissional conceituada e didática como a Lilian, é extremamente agregador, visto que o HMI recebe muitos casos de alto risco nessa área. E é esse caminho que nós, os profissionais, devemos seguir: sempre nos capacitando e atualizando para oferecer uma assistência cada dia melhor aos nossos pacientes”, destacou a preceptora em Ginecologia e Obstetrícia, Maria Elaine Assis.

Lilian iniciou a palestra explicando o que é Cardiopatia e em quais situações ela se desenvolve, além de mencionar a história e a importância de realizar um exame ecofetal, que pode colaborar na detecção de outras patologias. “Desde que fundei o serviço de ecocardiografia fetal no Sistema Único de Saúde em 1987, a evolução é constante. Os recursos técnicos sofisticados que temos hoje em dia nos permite ir muito além no diagnóstico de malformações, pois, além de identificar a cardiopatia congênita, o exame ainda pode detectar outras síndromes genéticas, fetos com crescimento restrito, diabetes, doenças de pulmão, dentre outras doenças. Antes jamais imaginávamos ver cada parte do coração do feto ainda na barriga da mãe de forma tão nítida”, relatou.

Durante a aula, a especialista também abordou a importância de um acompanhamento durante a gravidez de um feto cardiopata. “Essa é uma situação que sempre discuto com os obstetras que me procuram: o bebê cardiopata não precisa nascer antes da hora. Quanto mais maduro, com melhor peso, melhor para aquele bebê. Se ele for retirado antes da hora, há maior chance de complicação cirúrgica, justamente por não estar no peso ideal e no desenvolvimento recomendado para a patologia dele. Não tem que tirar antes”, enfatizou. Segundo ela, as cardiopatias recomendadas para realizar um parto antecipado são a transposição das grandes artérias, taquiarritimias e bloqueio átrioventricular total, dentre outros que devem ser avaliados.

A aula continuou com uma apresentação sobre o uso de determinados medicamentos durante a gravidez. Para a coordenadora do serviço de Ginecologia e Obstetrícia do HMI, Luciene Bemfica, a ida da profissional ao HMI foi um presente para todos que participaram, haja vista que a unidade está sendo estruturada para receber o ambulatório de Cardiologia Fetal. “Estamos em fase de implantação do serviço para acompanhar essas mães e bebês durante o pré-natal realizado na unidade. Nós fomos abastecidos com tanto conhecimento e experiência pela profissional que tenho certeza que todos saíram satisfeitos, assim como eu estou”, finalizou.

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo