Bora de Bike reúne mais de 5 mil ciclistas em Goiânia
Idosos, crianças e atletas dividiram o espaço do percurso ciclístico “Bora de Bike” com largada às 9h no Detran, até a Praça Cívica voltando pelo mesmo percurso com chegadas às 11h. O evento está em sua 10ª edição e cada etapa atrai mais adeptos.
A ação faz parte do Maio Amarelo, evento preconizado pela Organização Mundial de Saúde, que recomenda que mobilizações sejam feitas em vários países no mês de maio em alusão à luta contra acidentes de trânsito.
De acordo com a coordenadora do Observatório de Mobilidade e Saúde Humanas da SES, Maria de Fátima Rodrigues, esse movimento é para conscientizar toda a população sobre os impactos dos acidentes de trânsito que matam mais hoje no mundo do que guerras. “É preciso que a população adote um comportamento mais seguro, para evitar tantas mortes o que já é uma epidemia em Saúde Pública. E precisamos, também, de ações mais incisivas de segurança viária, de engenharia de tráfico e fiscalização”, pontuou.
Fátima também enfatiza que o poder público precisa promover um transporte coletivo de melhor qualidade para que a pessoa deixe seu transporte individual e opte pelo urbano ou bicicleta. “O fluxo de Goiânia não comporta mais o aumento de frota. O que gera acidentes, lesões e mortes. Uma única vida perdida é muito. Porque temos de pensar que esse agravo pode ser prevenido e evitado”, disse.
O presidente do Cetran, Horácio Melo, garante que existe uma onda para que mais pessoas optem pelo uso da bicicleta nas vias de Goiânia e que é primordial que esse público tenha a sua segurança garantida. “Esse evento é justamente para fazer com que a população perceba que o número de ciclistas na via está crescendo. Eles querem buscar mais saúde, fugir do trânsito e, não apenas por lazer. E é obrigação já imposta na legislação para que o condutor de veículos maiores proteja quem está dirigindo os menores”, explica.
Veteranos na Bike
Lindberg Teixeira, 58, representante comercial e Euza Madalena da Silva, 64 cozinheira, estão habituados a usar a bike como veículos de transporte e lazer. “Ando de bicicleta todos os dias. Se deixo de andar fico incomodado”, diz Lindberg.
Para Dona Euza a bike é veículo de trabalho. “Percorro mais de 10km todos os dias. Não fico cansada não. No horário de pico é que estou na rua. Tenho um pouco de medo. Quando vejo muito fluxo para um pouco e depois continuo”,diz.
Para Lindberg a recomendação é que quem puder aderir a ideia aproveite o quanto antes pelos benefícios da saúde. Mas que é preciso, sempre, antes de sair passeando por aí, consultar o médico e fazer exames periódicos.