Ballet Terapêutico do Crer promove saúde e inclusão social

Referência nacional no atendimento à pessoa com deficiência, o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) é reconhecido pelo Ministério da Saúde como Centro Especializado em Reabilitação (CER) IV. Como parte dessa história está o atendimento humanizado e multiprofissional presente no conceito da assistência médica praticada na unidade. O Ballet Terapêutico é uma dessas terapias aplicadas no hospital. O tratamento utiliza a aprendizagem do ballet clássico e tem o intuito de obter os benefícios da melhora da postura, alongamento, fortalecimento muscular, equilíbrio, socialização e inclusão.

O projeto foi iniciado em 2014 e implantado pelas profissionais da equipe multiprofissional, Danyelle Sousa de Paula Costa e Izabel de Melo Pereira Martins. As aulas acontecem uma vez na semana com crianças de 3 a 10 anos. Conduzido por uma fisioterapeuta, uma terapeuta ocupacional e por uma psicóloga, a atividade trabalha a autonomia e a segurança motora da criança de um modo geral. A fisioterapeuta Danyelle Sousa de Paula Costa, professora da turma, explica que “o ballet terapêutico permite que a criança vivencie a iniciação de uma prática esportiva com respeito às limitações de seu próprio corpo”.

Amanda Machado de Lima, de 4 anos, tem paralisia cerebral e pratica o ballet terapêutico há cinco meses no Centro. O pai da paciente, Gleilon Wilkson, afirma que notou um salto no desenvolvimento da filha depois que ela começou a frequentar a terapia. “Quando minha filha começou o tratamento no Crer, há três anos, ela vivia, praticamente, em estado vegetativo. Depois que ela começou a frequentar as aulas do ballet terapêutico vi, ainda mais, a sua evolução. Hoje ela tem mais equilíbrio para se locomover, perdeu o medo de andar sozinha e a socialização dela com outras crianças melhorou demais”, comemora.

A diretora Multiprofissional de Reabilitação e Readaptação da unidade, Sônia Adorno, explica que o Ballet Terapêutico é mais uma ferramenta de inclusão social para a pessoa com deficiência. “Os ganhos motores, psicológicos e sociais dessa terapia levam à inclusão desses pacientes. Já tivemos muitas crianças que saíram do ballet terapêutico direto para turmas inclusivas de ballet convencional”, diz. Para a diretora, “a inclusão da pessoa com deficiência só é possível se começarmos o trabalho inclusivo pelas crianças. Elas se tornam multiplicadoras para os adultos, já que elas ainda não têm um olhar preconceituoso sobre as diferenças”, conclui.

Governo na palma da mão

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