Mesa-redonda debateu envelhecimento, cuidados paliativos e humanização do atendimento ao usuário em situação de risco

Diante de um cenário de aumento da população idosa e das doenças que exigem tratamentos crônicos, o 2º Simpósio Nacional de Gestão Pública e Privada debateu nesta quinta-feira, 25, Políticas Públicas de Saúde que possam atendar esse novo perfil da sociedade. Uma mesa-redonda abordou temas como envelhecimento, cuidados paliativos e humanização do atendimento ao usuário em situação de risco.

Um dos palestrantes do evento foi o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, que também é médico. Ele destacou que quanto mais a população envelhece, mais há a necessidade de investirmos em cuidados paliativos. “Em 2050, a maioria de nós morreremos ou de doenças oncológicas ou cardiovasculares. E não estamos preparados pra isso”, relatou.

Durante a fala, Ismael contou um pouco da sua trajetória profissional e experiência. “Tive a oportunidade de trabalhar em home care por oito anos e isso me deu muita tranquilidade para cuidar do meu pai, que recebe tratamento em casa há 3 anos e 4 meses. Precisamos, como seres humanos, sendo profissionais de saúde ou pacientes e familiares, entender que a morte faz parte dos ciclos da vida e precisa ser encarada com naturalidade”, compartilhou com o público o titular da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).

Cuidados paliativos

Presidente da mesa, Erika Aguiar Lara Pereira, que é médica de família e comunidade, apresentou dados sobre envelhecimento e perfil do paciente elegível para cuidados paliativos. “Estima-se que um terço dos pacientes internados hoje são de perfil para cuidados paliativos. Estamos cada vez mais suscetíveis a doenças crônicas, com envelhecimento acelerado. Quanto mais precoce é iniciado o cuidado paliativo, maior será a qualidade da fase final de vida do paciente, e serão beneficiados também a família e equipe médica”, explicou.

Convidado para a mesa redonda, o médico e presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Yaspers Helou, destacou que sistemas públicos e privados convivem em um mesmo ambiente. “É preciso equacionar os recursos e ter em mente a sustentabilidade do sistema de saúde, evitando ao máximo internações e procedimentos desnecessários”, destacou.

Evento

O 2º Simpósio Nacional de Gestão Pública e Privada foi promovido pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), com apoio do Instituto RG, para promover o debate de ideias que permeiam o atual cenário da saúde no Brasil. O simpósio teve início na quarta, 24, e prosseguiu nesta quinta, 25.

Fotos: Sabba Nogueira